RENATO SANTOS 04/01/2017
Esdras 7:1-11 - Precisamos de uma Intervenção de Deus para o nosso País, mediante a tantas corrupções, violências, massacres, claro do verdadeiro intervencionistas, os heróis que dão a sua vida, através das orações e Deus mudará tudo o que esta acontecendo ele ainda nos ouve, e ainda responde: Assim como no passado no tempo de ESDRAS, assim será hoje apesar de algumas pessoas confundir DEUS com RELIGIÃO, esse é o engano que LÚCIFER e seus anjos luciferianos querem, mas os verdadeiros Intervencionistas e Patriotas não aceitam e lutam.
ESDRAS, AUTORIDADE GOVERNAMENTAL E MESTRE DA LEI DE DEUS
O REGRESSO DE ESDRAS E A RECONSTRUÇÃO DO POVO DE DEUS COMO NAÇÃO – 7:1 – 10:44.
Esdras deu continuidade aos trabalhos dos primeiros exilados que regressaram. Esdras e seus companheiros foram libertos da Babilônia e abençoados por Deus. Esdras conduziu o povo às bênçãos de Deus ao reformar a vida moral deles.
O foco da atenção passa dos trabalhos iniciais de reconstrução sob Zorobabel para o trabalho de Esdras. Cerca de 60 anos transcorreram entre os acontecimentos do final do cap. 6 e os do começo do cap. 7.
A falta de material intermediário retrata o trabalho de Esdras coo uma continuação legítima do trabalho de Zorobabel.
Ed :7-11 Segmentação e Reflexões
Dividiremos essa segunda parte, conforme a BEG, em duas outras partes. A. O regresso de Esdras – 7:1 a 8:36. B. A reconstrução do Povo de Deus como nação (os remanescentes do pós-exílio ou a nova nação unificada de Israel) – 9:1 a 10:44.
A. O regresso de Esdras – 7:1 a 8:36.
Esdras tinha chegado à Terra Prometida algum tempo depois e começou o seu próprio programa de restauração. Ele não tinha voltado sozinho, mas liderou um grupo de exilados – vs
7. Ele tinha partido da Babilônia na primavera – vs 9 – quando havia ainda suprimento abundante de água ao longo do caminho para o trajeto de uns 4 meses.
Para melhor compreensão dessa parte “A”, dividiremos o assunto em cinco outras partes. 1. A apresentação de Esdras – 7:1-10. 2. A comissão de Esdras – 7:11 – 26. 3. A doxologia de Esdras – 7:27 – 28. 4. OS companheiros de Esdras – 8:1-14. 5. A chegada de Esdras – 8:15-36.
1. A apresentação de Esdras – 7:1-10.
O capítulo primeiro começa com a frase “passadas estas coisas” que nos remete ao único período entre Zorobabel e Esdras no livro de Esdras-Neemias o qual se refere a oposição à reconstrução dos muros da cidade no tempo de Assuero (Xerxes) – vs 4:6.
Esdras estava no cativeiro da Babilônia – vs 1 – e agora estava voltando à Terra Prometida. É provável que na ocasião do primeiro regresso, com Sesbazar – Zorobabel - Esdras ainda não tivesse nascido. Ele cresceu na Babilônia, onde a maioria dos exilados vivia.
A preservação de sua linhagem serviria para mostrar sua linhagem e autoridade sacerdotal. Ele era o 17º descendente de Arão que fora descendente de Anrão, de Coate, de Levi, de Jacó, de Isaque e de Abraão. Era ele portanto coatita.
No capitulo 6 de I Crônicas encontraremos os descendentes de Levi os quais foram organizados da seguinte maneira, conforme já vimos em “AO POVO DE DEUS DO PÓS EXÍLIO - O reino davídico, o templo e bênçãos e maldições – Reflexões nos livros de I e II Crônicas.”
O propósito do cronista neste capítulo 6, na inclusão dessas tribos no povo de Deus, é apresentar um relato extenso sobre a tribo de Levi como pano de fundo para a organização dos servos do templo na comunidade pós-exílica.
Na sua concepção acerca do povo restaurado, as esperanças de ter um rei estavam ligadas à centralidade do culto no templo.
Ele dividiu os 81 versículos deste capítulo em duas principais partes, onde na primeira, que vai do verso 1 ao 53, apresenta a organização das famílias dos levitas onde vemos a importância que o cronista atribuía ao templo e ao sacerdócio.
Para que os judeus que regressaram vissem a bênção de Deus, não apenas na família real de Judá, mas também nos servos do templo – Levi – precisariam estes exercerem as suas devidas funções.
Assim são apresentados – ver segmentação do capítulo 6[1], abaixo - nos versos de 1 ao 15, os sacerdotes descendentes de Arão (a lista passa rapidamente dos três filhos de Levi: Gerson, Coate e Merari para a família sumo sacerdotal de Arão. Dos filhos de Arão para Eleazar, versos 1 ao 4a, prosseguindo com os descendentes de Eleazar e acompanhando sua sucessão até o exílio, dos versos 4b ao 15).
Nos versos de 16 ao 30, é apresentado um levantamento dos três clãs de Levi. Essa genealogia foi provavelmente extraída de Ex 6:16 ao 19; Nm 3:17 ao 20; 26:57 ao 61.
Dos versos de 31 ao 47, são apresentados os músicos do templo nomeados por Davi. Davi tinha nomeado grupos de cada um desses três clãs de Levi para serem músicos – 15:16 ao 26; II Cr 35:3: a família de Hemã de Coate – vs 33 ao 38; a família de Asafe de Gérson – vs 39 ao 43; e, a família de Etã de Merari, vs 44 ao 47.
E, dos versos 48 ao 53, a seção final que faz a distinção entre os deveres dos filhos de Arão e dos membros de outras famílias. O destaque de oferecer sacrifícios é dado de forma exclusiva aos zadoquitas. Isso para se evitar qualquer controvérsia entre as famílias levíticas no período pós-exílio.
Percebe-se, destarte, uma preocupação com a estruturação para a organização da tribo de Levi no período pós-exílio. Também é de se notar o seu profundo interesse pela música sacra que acaba por legitimar a organização levítica no período que se seguiu ao exílio.
E na segunda divisão, do 54 ao 81, são apresentados os territórios separados para as famílias. Com isso em mente, consegue-se perceber sua preocupação dupla de manter a identidade do povo de Deus e os seus direitos territoriais.
O cronista, bem provavelmente está se baseando em Js 21.5-39 e apontando para as propriedades amplas às quais os descendentes de Arão tinham direito.
A maioria desses locais ficava fora dos limites da província pós-exílio e reflete o interesse do cronista pela expansão territorial do Povo de Deus (os remanescentes do pós-exílio ou a nova nação unificada de Israel) restaurada.
A palavra de Deus fala no vs 7 que ele era escriba versado na Lei de Moisés (provavelmente os cinco primeiros livros), dada pelo Senhor – II Tm 3:16 - e ainda tinha sobre ele a boa mão do Senhor que lhe era favorável concedendo-lhe tudo o que pedia.
Seu papel aqui agora estava bem definido e claro quanto aos registros do restante da narrativa. No AT, um escriba era um funcionário do governo encarregado de uma ou mais funções administrativas:
· levar a vara de comando – Jz 5:14;
· ser um oficial do exército incumbido de alistar pessoas – II Re 25:19;
· ser encarregado do palácio – Is 22:15;
· ter funções literárias – Jr 36:32;
· ser uma autoridade governamental – vs 25 (era o seu caso aqui).
Esdras, além disso, no caso, era também o mestre da Lei de Deus – vs 10,11,14; Ne 8:1,4,9.
Esdras estava focado e tinha seus objetivos, principalmente de ensinar outros para que eles também pudessem ouvir e fazer. A razão do sucesso de Esdras está na Bíblia – vs 10:
Esdras tinha preparado o seu coração (isso demonstra uma pré- disposição mental favorável ao reino de Deus e à sua justiça):
· Para buscar a lei do SENHOR.
· Para cumpri-la.
· Para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.
2. A comissão de Esdras – 7:11 – 26.
Foi por meio de uma carta que Artaxerxes autorizou o trabalho de Esdras. Ela pode ser visualizada entre os vs. 12 e 26, o qual foi escrita, como já tivemos a oportunidade de ver, em aramaico, a língua usada na diplomacia internacional do antigo Oriente Próximo.
Ela concedia a Esdras a autoridade que lhe seria necessária para realizar as reformas registradas nos capítulos seguintes. É possível que a carta tenha sido escrita por Esdras e assinada por Artaxerxes, ou que Artaxerxes tenha contado com a ajuda de conselheiros judeus para redigi-la, como alguns dos detalhes parecem indicar. É só reparar nos versos de 15 a 17 na riqueza de detalhes do culto israelita que sugere fortemente que Esdras ou seus conselheiros judeus tenham escrito a carta ou ajudado Artaxerxes a redigi-la.
Sabemos que o único Rei dos reis e Senhor do senhores, mesmo no livro de Esdras-Neemias isso está claro, é o Senhor Jesus Cristo – I Tm 6:15; Ap 17: 14 e Ap 19:16 -, mas aqui Artaxerxes se utilizava desse título para indicar a sua supremacia sobre todos os reis vassalos.
No verso 13 essa permissão de regressar se estendia a todos os que estivessem dispostos a voltar, como foi o caso com a permissão inicial de Ciro no vs 1:3.
Assim, o ministério de Esdras enfatiza a importância da participação de todos do povo de Deus. Agora unidos como uma só nação, sem rachas ou divisões, sem o Reino do Norte ou do Sul, mas um só povo, unido em um só templo, com um só Deus, O Senhor.
Enquanto Ciro comissionou os primeiros judeus que regressaram para "edificar" um templo (1:2), o qual foi ratificado por Dario (6:8), Artaxerxes comissionou Esdras para ir muito além e assim "fazer inquirição" sobre a condição espiritual do povo. A sua generosidade foi semelhante a de Dario – vs 6:9.
Portanto, o tema de 7:1 a 10:44 passa a ser a reconstrução desse Povo de Deus (os remanescentes do pós-exílio ou a nova nação unificada de Israel), um elemento essencial para que tivessem continuidade depois do tempo de Esdras.
Duas funções ficaram claras para Esdras, conforme vs 25:
1. Exercer autoridade governamental.
2. Ensinar a Lei de Deus ao povo de Deus.
No decreto de Artaxerxes, conforme a BEG, a autoridade de aplicar castigos não era dada explicitamente ao próprio Esdras, mas era exercida pelo “conselho dos príncipes e dos anciãos” – 10:8.
Ed 7:1 E passadas estas coisas no reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia,
Esdras, filho de Seraías, filho de Azarias, filho de Hilquia Ed 7:2 Filho de Salum, filho de Zadoque, filho de Aitube,
Ed 7:3 Filho de Amarias, filho de Azarias, filho de Meraiote,
Ed 7:4 Filho de Zeraquias, filho de Uzi, filho de Buqui,
Ed 7:5 Filho de Abisua, filho de Finéias, filho de Eleazar,
filho de Arão, o sumo sacerdote;
Ed 7:6 Este Esdras subiu de Babilônia; e era escriba hábil
na lei de Moisés, que o SENHOR Deus de Israel tinha dado;
e, segundo a mão do SENHOR seu Deus, que estava
sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira.
Ed 7:7 Também subiram a Jerusalém alguns dos filhos de Israel,
dos sacerdotes, dos levitas, dos cantores, dos porteiros e dos
servidores do templo, no sétimo ano do rei Artaxerxes.
Ed 7:8 E no quinto mês chegou a Jerusalém, no sétimo ano deste rei.
Ed 7:9 Pois no primeiro dia do primeiro mês foi o princípio da partida
de Babilônia; e no primeiro dia do quinto mês
chegou a Jerusalém, segundo a boa mão do seu Deus
sobre ele.
Ed 7:10 Porque Esdras tinha preparado o seu coração
para buscar a lei do SENHOR e para cumpri-la
e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.
Ed 7:11 Esta é, pois, a cópia da carta que o rei Artaxerxes
deu ao sacerdote Esdras, o escriba das palavras dos
mandamentos do SENHOR, e dos seus estatutos
sobre Israel:
Ed 7:12 Artaxerxes, rei dos reis, ao sacerdote Esdras,
escriba da lei do Deus do céu, paz perfeita, etc.
Ed 7:13 Por mim se decreta que no meu reino todo aquele
do povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas, que quiser
ir contigo a Jerusalém, vá.
Ed 7:14 Porquanto és enviado da parte do rei
e dos seus sete conselheiros para fazeres inquirição
a respeito de Judá e de Jerusalém,
conforme à lei do teu Deus, que está na tua mão;
Ed 7:15 E para levares a prata e o ouro que o rei
e os seus conselheiros voluntariamente deram ao Deus de
Israel, cuja habitação está em Jerusalém;
Ed 7:16 E toda a prata e o ouro que achares em toda a província
de Babilônia, com as ofertas voluntárias do povo
e dos sacerdotes, que voluntariamente oferecerem,
para a casa de seu Deus, que está em Jerusalém.
Ed 7:17 Portanto diligentemente comprarás com este dinheiro
novilhos, carneiros, cordeiros, com as suas ofertas de
alimentos, e as suas libações, e as oferecerás sobre o
altar da casa de vosso Deus, que está em Jerusalém.
Ed 7:18 Também o que a ti e a teus irmãos bem parecer fazerdes
do restante da prata e do ouro, o fareis conforme a vontade
do vosso Deus.
Ed 7:19 E os utensílios que te foram dados para o serviço
da casa de teu Deus, restitui-os perante o Deus de Jerusalém.
Ed 7:20 E tudo mais que for necessário para a casa de teu Deus,
que te convenha dar, dá-lo-ás da casa dos tesouros do rei.
Ed 7:21 E por mim mesmo, o rei Artaxerxes, se decreta
a todos os tesoureiros que estão dalém do rio que tudo quanto
vos pedir o sacerdote Esdras, escriba da lei do Deus
dos céus, prontamente se faça.
Ed 7:22 Até cem talentos de prata, e até cem coros de trigo,
e até cem batos de vinho, e até cem batos de azeite;
e sal à vontade.
Ed 7:23 Tudo quanto se ordenar, segundo o mandado do Deus do céu,
prontamente se faça para a casa do Deus dos céu;
pois, para que haveria grande ira sobre o reino do
rei e de seus filhos?
Ed 7:24 Também vos fazemos saber acerca de todos os sacerdotes
e levitas, cantores, porteiros, servidores do templo e ministros
desta casa de Deus, que não será lícito impor-lhes,
nem tributo, nem contribuição, nem renda.
Ed 7:25 E tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que possuis,
nomeia magistrados e juízes, que julguem a todo o povo que
está dalém do rio, a todos os que sabem as leis do
teu Deus; e ao que não as sabe, lhe ensinarás.
Ed 7:26 E todo aquele que não observar a lei do teu Deus
e a lei do rei, seja julgado prontamente; quer seja morte,
quer desterro, quer multa sobre os seus bens, quer prisão.
Ed 7:27 Bendito seja o SENHOR Deus de nossos pais, que tal inspirou
ao coração do rei, para ornar a casa do SENHOR,
que está em Jerusalém.
Ed 7:28 E que estendeu para mim a sua benignidade perante o rei
e os seus conselheiros e todos os príncipes poderosos do rei.
Assim me animei, segundo a mão do SENHOR
meu Deus sobre mi e ajuntei dentre Israel alguns chefes para subirem comigo.
Esdras reconhece a Deus em toda a sua jornada abençoada, coo veremos a seguir.
3. A doxologia de Esdras – 7:27 – 28.
Esdras agradeceu a Deus pela sua bondade e se animou para ajuntar de Israel alguns chefes para irem com ele – vs 28.
Ele bendiz ao Senhor e entende que o fato do coração do rei estar com eles foi decorrência de sua boa vontade para com eles que inclinou o coração do rei como está escrito em Provérbios: Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina. (Pv 21:1).
Além disso entende que é pecador e que portanto carece da misericórdia e da graça de Deus sobre sua vida – vs 28.
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