RENATO SANTOS 23/02/2018 A Operação Lava Jato não tem somente a obrigação de prender o Lula ela vai mais longe do que isso.A Polícia Federal deflagrou na manhã de desta quinta-feira (22/02) a 48ª fase da Operação Lava Jato – Operação Integração.
Policiais federais, servidores da Receita Federal e membros do Ministério Público Federal participam da ação realizada simultaneamente nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. Estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária.
Segundo informações do G1, a PF fez buscas na sede do governo do Estado do Paraná, mais especificamente na Casa Civil, e prendeu o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), Nelson Leal.
Também busca Carlos Nasser, servidor em cargo de comissão da Casa Civil e considerado homem de confiança do governador Beto Richa (PSDB). A PF também esteve na sede da Celepar e, ainda segundo o G1, ao todo seis pessoas foram presas.
A investigação policial tem como foco a apuração de casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no Estado do Paraná que fazem parte do chamado Anel da Integração.
Nas investigações se detectou o uso das estruturas de lavagem de dinheiro reveladas na Operação Lava Jato para operacionalizar os recursos ilícitos pagos a agentes públicos, principalmente através dos operadores financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, ambos investigados na Lava Jato.
Uma das concessionárias se utilizou dos serviços de Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran para operacionalizar, ocultar e dissimular valores oriundos de atos de corrupção.
Dentre os serviços prestados por estes operadores está a viabilização do pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DER/PR – Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná e Casa Civil do Governo do Estado do Paraná.
A ação tem por objeto a apuração, dentre outros, dos crimes de corrupção, fraude a licitações e lavagem de ativos. As ordens judiciais foram determinadas pelo Juízo Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Breve histórico das concessionárias no Paraná
Informações da Receita Federal dão conta que a operação desta quinta-feira (22/2) foi deflagrada contra empresas, empresários, executivos e agentes públicos por diversas irregularidades, entre elas as relacionadas à gestão de concessão de trechos de estradas rodoviárias do Paraná, dentro do denominado Anel de Integração.
Em breve histórico, o Anel de Integração – polígono que interliga as principais cidades paranaenses – nasceu em novembro de 1997 a partir da concessão, pelo Governo do Estado do Paraná, por um prazo de 24 anos, de seis lotes de estradas rodoviárias, constituídos por uma malha de 2,4 mil quilômetros.
Os vencedores das licitações foram seis grupos empresariais, que constituíram as concessionárias Econorte (Lote 1), Viapar (Lote 2), Ecocataratas (Lote 3), Caminhos do Paraná (Lote 4), CCR-Rodonorte (Lote 5) e Ecovia (Lote 6).
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