RENATO SANTOS 07/02/2018 Começa uma campanha para alertar e cuidar da AIDS, essa sombra "negra" que assusta mesmo no século XXI, e ainda há pessoas que não tem consciência e fazem sexo sem preservativo seja homem com homem mulher com mulher, heterossexual , frequentadores de boates, cinemas de pornô , precisa tomar ciência que a AIDS não é brincadeira.
O número de mortes relacionadas com a Aids na América Latina diminuiu, em 12% entre os anos 2000 e 2016, apesar dos dados "preocupantes" em países como a Bolívia, Guatemala, Paraguai e Uruguai.
No ano 2000 morreram na região cerca de 43 mil pessoas. Já em 2016 esse número caiu para 36 mil, um declínio a partir do aumento da disponibilidade de tratamentos antirretrovirais, segundo o último relatório apresentado em Paris (França) pelo órgão.
Este "progresso significativo" é impulsionado pela redução das mortes relacionadas com a Aids no Peru (62% entre 2000 e 2016), Honduras (58%) e Colômbia (45%), segundo informou a agência EFE.
O número de portadores de HIV na América Latina totalizou 1,8 milhões e as novas infecções seguem estáveis desde 2010, com quase 100 mil casos por ano.
A Unaids revelou que a quantidade de soropositivos com acesso a tratamentos antirretrovirais quase dobrou em seis anos (58%), passando de 511.700 pessoas em 2010 para 1 milhão em 2016, o que coloca a região acima da meia mundial (53%).
O órgão advertiu, no entanto, que "alguns países têm dificuldades em implementar seus programas" de medicação, como a Bolívia, onde apenas 25% das pessoas têm acesso ao tratamento, e o Paraguai, com 35%.
Na Venezuela, a crise econômica provocou a escassez "de muitos medicamentos essenciais, especialmente os antirretrovirais", acrescentou.
Na Bolívia, Uruguai, Paraguai e Guatemala, a mortalidade por Aids aumentou entre 2000 e 2016. No entanto, nos dois primeiros, os números reduziram nos últimos anos. No caso da Bolívia, desde o pico alcançado em 2012, verificou-se uma queda nas mortes. No Uruguai, os números também diminuíram após 2010.
Já na Guatemala, a taxa de aumento da mortalidade é superior a 4%, após estabilidade entre 2003 e 2011. No Paraguai, também houve um período de estabilidade entre 2005 e 2010, mas desde então ocorre um aumento.
Um dos problemas na América Latina é o elevado custo dos tratamentos "em vários dos países mais afetados pelo HIV", segundo o órgão, que elogiou as "licenças obrigatórias" promovidas pelo Brasil e o Equador, que permitem reproduzir um medicamento patenteado se não for para uso comercial.
O relatório aponta ainda que cerca de um terço dos soropositivos são diagnosticados em um estado avançado da doença, o que afeta "negativamente os esforços" médicos, segundo o relatório.
O HIV, classificado como ameaça para a saúde pública pela ONU, afeta um total de 36,7 milhões de mulheres e homens em todo o planeta, e desde a sua descoberta, em 1981, provocou 36 milhões de mortes.
Mortes
No ano passado, cerca de um milhão de pessoas morreram por complicações relacionadas à Aids, mas o número, apesar de alto, representa uma “virada decisiva” no combate à doença, anunciou a Organização das Nações Unidas em relatório anual divulgado nesta quinta-feira. Há pouco mais de uma década, em 2005, o HIV provocou a morte de 1,9 milhão de pessoas.
"Nossos esforços deram resultado", comemorou o diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, segundo a Reuters. "Mas nossa luta para pôr fim à Aids está apenas começando. Vivemos tempos difíceis, e os avanços conquistados podem se apagar facilmente."
Segundo o relatório, o mundo tinha em 2016 36,7 milhões de pessoas infectadas pelo HIV, sendo que 19,5 milhões delas tinha acesso a tratamentos. Esses números mostram que, pela primeira vez, mais da metade dos pacientes está sendo atendida. O número de novas infecções também está em queda, ainda que em ritmo lento para conter a epidemia. No ano passado, 1,8 milhão de pessoas foram infectadas, o que significa uma nova infecção a cada 17 segundos.
"Nós alcançamos a meta de 15 milhões de pessoas sob tratamento e estamos a caminho de dobrar esse número para 30 milhões e atingir a meta para 2020", disse Sidibé. "Nós vamos continuar escalando para alcançar todos que necessitem, deixando ninguém para trás."
Desde o início da epidemia, na década de 1980, a Aids já provocou a morte de mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo. Mas os esforços de combate à doença estão surtindo efeito, com sinais particularmente encorajadores na África, o continente mais afetado pelo vírus. Nações do leste e do sul do continente lideram a luta, reduzindo novas infecções em 30% desde 2010, aponta o relatório. Malawi, Moçambique, Uganda e Zimbábue foram além, cortando as novas infecções em 40%.
Expectativa de vida
E com acesso a tratamentos, os pacientes estão vivendo mais e melhor. Em países do leste e do sul da África, por exemplo, a expectativa média de vida cresceu em quase dez anos entre 2006 e 2016.
"Comunidades e famílias estão prosperando enquanto a Aids está sendo repelida", disse Sidibé. "Enquanto controlamos a epidemia, os resultados de programas de saúde pública estão melhorando e as nações estão se fortalecendo."
O relatório alerta, entretanto, que os bons resultados não são compartilhados por todas as regiões. No Oriente Médio e no Norte da África, e na Europa Oriental e Ásia Central, as mortes relacionadas com a Aids aumentaram 48% e 38% respectivamente, principalmente pela falta de acesso a tratamentos.
Exceções dentro dessas regiões mostram que “quando esforços concentrados são feitos, os resultados acontecem”, diz o relatório, citando a Argélia que aumentou a taxa de acesso a tratamentos para 76% em 2016, contra 24% em 2010; Marrocos, que elevou a taxa de 16% para 48%; e Bielorrússia, de 29% para 45%.
Apesar de positivos, os resultados da política global de combate à Aids está longe do ideal. Especialistas comemoraram os números alcançados, mas questionaram se os bilhões investidos ao longo das últimas duas décadas não deveriam ter gerado avanços ainda maiores.
"Quando você pensa no dinheiro gasto na luta contra a Aids, os resultados deveriam ter sido melhores", apontou em entrevista à Associated Press Sohpie Harman, da Universidade Queen Mary, em Londres.
(com informações do Estadão Conteúdo, Agência Brasil e Agência O Globo)
O Dia D do Fevereiro Pink será realizado nesta quinta-feira (8), quando as ações de combate às Infecções SexualmenteTransmissíveis - IST/Aids serão intensificadas em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, antecipadamente, devido à chegada do Carnaval.
A ação faz parte do programa Movimenta Saúde, que por meio de ações temáticas consiste em estratégias focadas na melhoria de qualidade de vida dos indivíduos e coletividades.
Dentro da programação, serão realizadas oficinas de prevenção às IST/Aids, incluindo informações sobre HPV e a vacinação para adolescentes; intensificação da oferta de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais; além da distribuição de preservativos para que ninguém caia na folia sem se proteger.
Entre as ações, destacam-se a oficina de máscaras e colares, além do baile de carnaval Folia na Nova (UBS Nova Bonsucesso); Caminhada Pink (UBS Primavera); e bloco de carnaval da UBS Santa Lídia, com participação de membros da bateria da escola de samba do bairro, Renascer de São Domingos e da UBS Normandia.
De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, os jovens são os que menos usam preservativos, razão pela qual são foco da campanha.
Dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira apontam queda no uso regular de camisinhas entre a faixa etária de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8%, em 2004, para 34,2%, em 2013.
Esse hábito de não usar camisinha tem impacto direto no aumento de casos de Aids entre os jovens.
No Brasil, a epidemia avança na faixa etária de 20 a 24 anos, na qual a taxa de detecção subiu de 14,9 casos por 100 mil habitantes, em 2006, para 22,2 casos, em 2016.
Entre os jovens de 15 a 19 anos, o índice aumentou, passando de 3,0 em 2006 para 5,4 em 2016.
Sobre as IST
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.
São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.
A transmissão de uma IST pode ainda acontecer da mãe para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.
Herpes genital, sífilis, gonorreia, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e hepatites virais B e C são alguns exemplos de IST.
O tratamento melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. Procure a UBS mais próxima de sua casa.
*A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em substituição a expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa tere transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
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