RENATO SANTOS 07/11/2018 O encontro com o novo presidente Jair Bolsonaro e Michel Temer, marcou o início de transição de governo. O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 7, que vai pretende tirar o status de ministério do Trabalho. A pasta será incorporada a "outro ministério", disse em coletiva de imprensa em Brasília. Ele não deu detalhes sobre a mudança.
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira, 7, contar com a ajuda do presidente Michel Temer para conduzir uma transição "no que for possível". Os dois se reuniram oficialmente no Palácio do Planalto nesta tarde.
Segundo Bolsonaro, ele foi à sede do poder Executivo em caráter de visita e Temer demonstrou estar disposto a colaborar. Bolsonaro agradeceu pela disposição do atual governo e disse que poderá procurar o presidente no futuro.
"Estou feliz porque pedi uma audiência ao presidente Temer e ele a concedeu, mas foi muito mais em forma de visita. Conversamos sobre vários assuntos, entre eles obviamente a governabilidade e o final de seu governo. Ele está disposto a colaborar conosco no que for possível", afirmou Bolsonaro em um rápido pronunciamento à imprensa.
Bolsonaro afirmou que procurará Temer mais vezes durante o período da transição para que haja uma transição "de modo que os projetos de interesse do nosso Brasil continuem fluindo dentro da normalidade". O futuro presidente não descartou a possibilidade de continuar procurando Temer mesmo depois de tomar posse.
"Tem muita coisa que continuará. O Brasil não pode se furtar do conhecimento daqueles que passaram pela Presidência e será útil a todos nós", disse. Bolsonaro agradeceu pela acolhida que teve por parte de Temer.
Em seguida, Temer reafirmou a disposição de colaborar "intensamente", inclusive, com a tentativa de votar projetos de interesse de Bolsonaro no Congresso ainda neste ano. Bolsonaro tem dito que seria importante que o Congresso pudesse votar pelo menos uma parte da reforma da Previdência. Parlamentares, no entanto, acreditam que não há tempo hábil para que isso aconteça.
Temer contou ainda que convidou o seu sucessor para acompanhá-lo em viagens internacionais que realizará até o fim do ano, como a que fará para participar do encontro do G-20. Bolsonaro, porém, passará por uma nova cirurgia em dezembro e seu estado de saúde pode inviabilizar uma viagem internacional neste momento.
Temer também ressaltou que, passada a eleição, o Brasil passa por um momento "político-administrativo" em que os brasileiros devem se unir em prol do País.
O presidente contou ainda que entregou, simbolicamente, as chaves de onde será o gabinete do futuro mandatário. "Em 1º de janeiro terei a honra de entregar simbolicamente as chaves do Palácio do Planalto", disse.
Além dos dois presidentes, acompanharam o encontro, que durou 45 minutos, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o coordenador da transição, o ministro extraordinário Onyx Lorenzoni, já indicado para assumir a Casa Civil, e o general Augusto Heleno, que assumirá o Gabinete de Segurança Institucional. O filho mais novo de Bolsonaro, Jair Renan, também estava presente.
"O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério", afirmou. Bolsonaro deu a declaração após cumprir agenda no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o juiz Sérgio Moro, seu futuro ministro da Justiça. Bolsonaro também falou no possível número de ministérios de seu governo. "Talvez 17, é um bom número", afirmou o presidente eleito.
O Ministério do Trabalho havia divulgado nota na última terça-feira, na qual reafirmava a importância da Pasta para a coordenação das forças produtivas no caminho para a busca do pleno emprego.
Numa tentativa de evitar que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) seja fundido no superministério da Fazenda, o setor industrial saiu em defesa da fusão da pasta com o Trabalho.
Na nota, o ministério do Trabalho destacou que no dia 26 de novembro a pasta completará 88 anos de existência e "se mantém desde sempre como a casa materna dos maiores anseios da classe trabalhadora e do empresariado moderno, que, unidos, buscam o melhor para todos os brasileiros".
"O futuro do trabalho e suas múltiplas e complexas relações precisam de um ambiente institucional adequado para a sua compatibilização produtiva, e o Ministério do Trabalho, que recebeu profundas melhorias nos últimos meses, é seguramente capaz de coordenar as forças produtivas no melhor caminho a ser trilhado pela Nação Brasileira, na efetivação do comando constitucional de buscar o pleno emprego e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros", diz a nota.
O ministro extraordinário da transição de governo e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, chegou a rebater as críticas de sindicalistas ao possível fim do Ministério do Trabalho. "Se dependesse das centrais sindicais brasileiras, o deputado Bolsonaro não era presidente. Vamos fazer o que é melhor para o Brasil".
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