RENATO SANTOS 09/06/2015
É pessoal a coisa esta feia , quando um negócio começa com mentiras demora mas acaba dentro da própria mentira, estamos falando dentro da compra do ANTIGO BANCO BAMERINDUS E HSBC, vamos aos fatos:
Para quem não aceita o que a Bíblia diz, vai uma pequena lição de vida:
1 Se alguém furtar boi ou ovelha, e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois, e pela ovelha quatro ovelhas.
2 Se o ladrão for achado roubando, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será culpado do sangue.
3 Se o sol houver saído sobre ele, o agressor será culpado do sangue; o ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.
4 Se o furto for achado vivo na sua mão, seja boi, ou jumento, ou ovelha, pagará o dobro.
5 Se alguém fizer pastar o seu animal num campo ou numa vinha, e largá-lo para comer no campo de outro, o melhor do seu próprio campo e o melhor da sua própria vinha restituirá.
6 Se irromper um fogo, e pegar nos espinhos, e queimar a meda de trigo, ou a seara, ou o campo, aquele que acendeu o fogo totalmente pagará o queimado.
7 Se alguém der ao seu próximo dinheiro, ou bens, a guardar, e isso for furtado da casa daquele homem, o ladrão, se for achado, pagará o dobro.
8 Se o ladrão não for achado, então o dono da casa será levado diante dos juízes, a ver se não pôs a sua mão nos bens do seu próximo.
9 Sobre todo o negócio fraudulento, sobre boi, sobre jumento, sobre gado miúdo, sobre roupa, sobre toda a coisa perdida, de que alguém disser que é sua, a causa de ambos será levada perante os juízes; aquele a quem condenarem os juízes pagará em dobro ao seu próximo.
10 Se alguém der a seu próximo a guardar um jumento, ou boi, ou ovelha, ou outro animal, e este morrer, ou for dilacerado, ou arrebatado, ninguém o vendo,
11 Então haverá juramento do Senhor entre ambos, de que não pôs a sua mão nos bens do seu próximo; e seu dono o aceitará, e o outro não o restituirá.
12 Mas, se de fato lhe tiver sido furtado, pagá-lo-á ao seu dono.
13 Porém se lhe for dilacerado, trá-lo-á em testemunho disso, e não pagará o dilacerado.
14 E se alguém pedir emprestado a seu próximo algum animal, e for danificado ou morto, não estando presente o seu dono, certamente o pagará.
15 Se o seu dono estava presente, não o pagará; se foi alugado, será pelo seu aluguel.
16 Se alguém enganar alguma virgem, que não for desposada, e se deitar com ela, certamente a dotará e tomará por sua mulher.
17 Se seu pai inteiramente recusar dar-lha, pagará ele em dinheiro conforme ao dote das virgens.
18 A feiticeira não deixarás viver.
19 Todo aquele que se deitar com animal, certamente morrerá.
20 O que sacrificar aos deuses, e não só ao Senhor, será morto.
21 O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito.
22 A nenhuma viúva nem órfão afligireis.
23 Se de algum modo os afligires, e eles clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor.
24 E a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos.
25 Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como um usurário; não lhe imporeis usura.
26 Se tomares em penhor a roupa do teu próximo, lho restituirás antes do pôr do sol,
27 Porque aquela é a sua cobertura, e o vestido da sua pele; em que se deitaria? Será pois que, quando clamar a mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.
28 A Deus não amaldiçoarás, e o príncipe dentre o teu povo não maldirás.
29 As tuas primícias, e os teus licores não retardarás; o primogênito de teus filhos me darás.
30 Assim farás dos teus bois e das tuas ovelhas: sete dias estarão com sua mãe, e ao oitavo dia mos darás.
31 E ser-me-eis homens santos; portanto não comereis carne despedaçada no campo; aos cães a lançareis.
A VERDADEIRA HISTORIA DA COMPRA DO BAMERINDUS PELO HSBC, COM OS TÍTULOS DA DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA DO DECRETO LEI 6019-43 DOCUMENTO EXTRAIDO DA CPI DO PROER CAP III - CAP.5
fonte ( de pesquisa) NORTE CONSULTORIA TRIBUTÁRIAS
Compra de Títulos da Dívida Externa Brasileira pelo Bamerindus – em Intervenção 1997
Um dia após a intervenção no banco Bamerindus, 27/03/97, o Banco Central comprou por conta Bamerindus Sob Intervenção, Títulos da Dívida Externa Brasileira, no valor de face de R$ 1,27 bilhão, os quais ficaram em garantia no próprio Banco Central, que por sua vez, proporcionou ao HSBC uma carta-garantia por cinco anos no valor de R$ 1,06 bilhão de reais, corrigidos pelo IGP-M, índice publicado pela Fundação Getúlio Vargas, assegurando a cláusula 18 do contrato original entre o Bamerindus – Sob Intervenção e o HSBC. (esta cláusula previa indenização ao HSBC pelo aparecimento de futuras contingências).
Mesmo não estando previsto no contrato original, o HSBC comprometeu-se a investir, através de capitalização, cerca de US$ 1 bilhão de dólares no HSBC-Bamerindus. A operação de garantia suscitou dúvidas a respeito da origem desses títulos.
Sabia-se que o HSBC possuía em sua carteira cerca de 3 bilhões de dólares em Títulos da Dívida Externa Brasileira “Brady Bonds”. Esses títulos foram resultado da renegociação da dívida externa brasileira, com base no Plano Brady, por um prazo de 30 anos e juros de 4% a 6% anuais.
A suspeita de que teria havido uma negociação triangular, de tal forma a fornecer o capital necessário ao HSBC para a compra do Bamerindus (os títulos teriam sido comprados do HSBC), aumentou, quando em um boletim para imprensa de 04/08/97, o HSBC ao comentar o seu balanço referente ao primeiro semestre de 1997, afirmou: “Nossos ativos de Bônus Brasileiros do “Plano Brady”, foram vendidos num mercado receptivo”. Esta nota à imprensa, vem confirmar que no mesmo semestre que o Banco Central comprou os Títulos da Dívida Pública Brasileira, em nome do Bamerindus, o HSBC vendeu títulos semelhantes.
Entretanto, em expediente ao Ministro da Fazenda, Sr. Pedro Malan, o Presidente do Banco Central em exercício, Sr. Gustavo Franco, negou tal acusação e informou textualmente:
“Quanto a garantia prestada pelo Banco Central ao HSBC, no valor de 1,06 bilhão de reais, esclarece que não implicou em entrega de tais recursos ao HSBC. Trata-se de garantia por conta de “contingências”CPI Proer – Capítulo III-5 120 cujos valores, como dito, não são conhecidos no momento da compra, tendo o Banco Central recebido, como contragarantia do Banco Bamerindus S.A - Sob intervenção, Títulos da Dívida Externa Brasileira no valor de face de 1,27 bilhão de reais.
A aquisição dos Títulos da Dívida Pública Externa Brasileira, pelo valor de 804 milhões de dólares ( R$ 852.963.600,00), foi efetuado pelo Banco Central, agindo em nome do Banco Bamerindus S.A - Sob intervenção.
Esses títulos não foram comprados do HSBC e sim adquiridos por intermédio de outras instituições financeiras de grande presença nos mercados internacionais ( PJ Morgan, ING e Goldman Sachs)”.
Questionado o por quê da escolha daqueles títulos, o Banco Central respondeu que por terem um grande deságio no mercado internacional, os “Brasilian Bonds” comprometeriam menos recursos do Proer, ou seja , com cerca de R$ 852 milhões de reais podia-se comprar, 116 Procedimentos para Liquidação/Pagamento de Impostos Federais com Créditos Oriundos do Decreto Lei 6.019/43 aproximadamente, R$ 1,23 bilhão.
Segundo expediente encaminhado pelo Banco Central ao Ministério Público Federal, esses títulos foram adquiridos da carteira do Bacen (US$ 696,6 milhões), do JP Morgan (US$ 458,4 milhões), do Goldman Sachs (US$ 25,0 milhões), e do Ing Bank (US$ 20,0 milhões), totalizando US$ 1,2 bilhões. Fica claro, portanto, que o Bamerindus-sob intervenção deu ao Banco Central, como contra-garantia de um valor de R$ 1,06 bilhão, Títulos da Dívida Externa com valor de face de R$ 1,27 bilhões, adquiridos por R$ 853 milhões (valor de mercado dos títulos), não sendo possível estabelecer se os títulos adquiridos faziam parte ou não da carteira do HSBC.
Em documentos enviados a essa CPI, o HSBC apresentou contratos de câmbio confirmando a entrada, na forma de investimento, de US$ 960 milhões de dólares ( um no valor exato de US$ 929.912.272,43 e outro no valor exato de S$ 30.000.000,00). A explicação para esse investimento, dada pelo próprio HSBC, é que tendo recebido um banco equilibrado com ativos e passivos no montante aproximado de 11 bilhões de reais, e para seguir uma relação, tradicional entre os bancos, de um capital equivalente a 10% do total de ativos foi necessário o aporte de 1 bilhão de reais, na forma de investimento.
O HSBC, também, nega a denúncia de que o Banco Central havia comprado Títulos da Dívida Externa Brasileira, em nome do Bamerindus – Sob Intervenção, do próprio HSBC e informa que no primeiro semestre de 1997, o grupo HSBC vendeu no mercado internacional apenas US$ 412 milhões deCPI Proer – Capítulo III-5 121 dólares de valor de face de Títulos da Dívida Externa Brasileira (“Brasilian Bonds”).
Em 30/01/98, esses Títulos da Dívida Externa foram substituídos por Títulos da Dívida Interna com características semelhantes (NTNs), sendo negociadas no mercado, em março de 1998, por R$ 925,7 milhões, os quais foram utilizados para quitar saldo devedor do Bamerindus-sob intervenção junto ao HSBC constante da conta gráfica de ajuste previsto no contrato de transferência de ativos e passivos.
O lucro total dessa operação, incluídos os juros recebidos, foi de 14,25% (R$ 121,6 milhões). Caso tivesse comprado papéis da dívida interna brasileira (que utilizava a taxa Selic como correção) teria tido um lucro de 26,4% (R$225.182.390,00). No entanto, esses papéis deveriam ter valor de face 20% superior à garantia prestada e não teriam o deságio que os “Bradies” ofereciam.
VENDERAM O BAMERINDUS A PREÇO DE BANANA
José Eduardo de Andrade Vieira comemora o acordo do Bamerindus com os antigos credores, mas não esquece as mágoas
DATA 25/03/2012 E&N ESTADÃO
Passados 15 anos da intervenção no Banco Bamerindus, ocorrida em 27 de março de 1997, o ex-controlador da instituição, José Eduardo de Andrade Vieira, de 73 anos, ainda não superou as mágoas, sobretudo contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro Pedro Malan.
Nos dias que se seguiram à intervenção, a artilharia do ex-banqueiro já tinha se voltado contra eles. As armas continuam fumegando até agora. Vieira considera-se traído por aqueles que tinham sido seus companheiros - ele foi ministro da Agricultura no governo FHC. Procurados, Fernando Henrique e Pedro Malan preferiram não se manifestar.
Na quarta-feira, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) assinou acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) comprometendo-se a pagar todos os credores da massa falida. Com isso, o MP-PR deve pedir a extinção de ação de responsabilidade que mantinha indisponíveis os bens dos ex-administradores do Bamerindus, incluindo os de Vieira. Ao mesmo tempo, o FGC acentuou que prepara o banco para a venda no mercado. Para o antigo dono, esse é o aspecto mais positivo. "É a comprovação de que o Bamerindus não estava falido, porque, se tivesse, ninguém iria comprar", afirmou.
Ex-senador, Vieira interrompeu a carreira política após a intervenção no banco e passou a administrar o jornal Folha de Londrina, do qual era sócio. Atualmente, duas filhas estão no dia a dia do jornal. Ele disse que raramente vai à sede em Londrina. Prefere ficar na Fazenda da Capela, em Joaquim Távora, distante 160 quilômetros, para supervisionar a criação de gado leiteiro e de corte, e a produção de milho. Da fazenda, ele conversou por telefone com o Estado:
O que significa para o sr. o fim da ação que tornava indisponíveis os bens dos ex-administradores e ex-controladores do Bamerindus, a garantia de pagamento dos últimos credores e a preparação do banco para venda, após 15 anos de intervenção?
Para mim, o principal aspecto é a comprovação de que o Bamerindus não estava falido, porque, se tivesse, ninguém iria comprar. É uma comprovação pública de que o banco sempre tinha saldo positivo. Ninguém iria comprar para ter prejuízo.
Então, por que a intervenção?
A intervenção foi mais política. Mostra quem eram Fernando Henrique e Pedro Malan. Não preciso falar nada.
O sr. continua com mágoa?
O interventor nomeado pelo BC vendeu aquele patrimônio enorme por US$ 8 milhões, sendo que empresa tinha em caixa mais de US$ 100 milhões. Foi uma dilapidação de meu patrimônio. Na vontade de mostrar a falência do grupo, jogaram fora os imóveis do Bamerindus, as agências foram vendidas para o HSBC pelo valor patrimonial. Eram 1,5 mil agências, vendidas a preço de banana. E ainda assim sobra dinheiro.
O que representaram os 15 anos de intervenção?
Não deixou de ser frustrante a gente ser traído por companheiros. Porque na realidade é isso, foi uma traição que eu sofri.
Quem foi o traidor?
O Fernando Henrique.
O senhor esperava mais dele?
Esperava. O banco estava em boas condições e tinha muito dinheiro para receber do Estado de Mato Grosso. O Pedro Malan segurou isso na gaveta por meses até decretar a intervenção no banco e, no dia seguinte, pagaram o Mato Grosso, que pagou o banco. Já nas mãos do HSBC. Por que comigo não andou para frente e, com outro, em 24 horas resolveram?
O sr. teria vontade de se encontrar hoje com o Fernando Henrique Cardoso e o Pedro Malan para conversar sobre o assunto e esclarecer as questões?
Não. Não tenho vontade nenhuma, não. Eles podem cuidar da vida deles.
O sr. pensa em entrar com alguma ação para reparação de danos?
Morreu, morreu, né?
Que sensação o sr. teve no dia 27 de março de 1997?
De frustração enorme. Como demorou muito e o Fernando Henrique não fazia nada, eu honestamente já estava desconfiado bastante de que o pior podia acontecer. Quando houve a intervenção foi uma confirmação do que eu já imaginava.
Qual o sentimento que lhe vem quando vê que os clientes, acionistas minoritários e agora os administradores fizeram seus acordos?
De alívio. Porque muita gente inocente foi sacrificada por uma questão política. O Paraná perdeu muito, perdeu os dois bancos que tinha, o Banco do Estado (Banestado) e o Bamerindus. Infelizmente a classe política do Paraná não reagiu como deveria ter reagido. Realmente foi uma perda não para mim, foi para o Estado, foi para o Brasil. Porque venderam para um banco lá fora que só fez besteira até hoje.
Que besteira?
Besteira no sentido de que o banco encolheu, o banco não cresceu. Já mandaram milhões lá para fora, mas a empresa diminuiu de tamanho. (O Bamerindus) era o segundo banco do Brasil. Em câmbio era maior que o Banco do Brasil. E hoje está lá, sei lá em que lugar no ranking. Perdeu muito, né?
O sr. chegou a ser cogitado para disputar o governo do Paraná. De que forma a intervenção influenciou na carreira política?
Até para presidente da República eu cheguei a ser cogitado. É por isso que o Fernando Henrique fez a intervenção. Por medo de eu concorrer com ele. Com a intervenção no banco, obviamente afetou minha credibilidade e eu fiquei sem recursos para qualquer coisa.
Estava tudo indisponível?
Se eu não tivesse a aposentadoria, eu ia passar fome. Eu tinha uma previdência privada.
Se o sr. tivesse condições, iria adquirir o Bamerindus na venda que será feita pelo Fundo Garantidor de Crédito?
Não. Não tenho nem idade para isso. Capacidade eu tenho. Já fiz mais de uma vez e poderia repetir. Mas não tenho vontade.
Da forma que o Bamerindus está hoje...
As notícias que foram publicadas é que o Bamerindus teria R$ 3 bilhões de créditos fiscais. Ele tem mais de R$ 6 bilhões. Sei lá por que falaram em R$ 3 bilhões.
A estimativa é de que o banco possa ser vendido por um valor entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões.
É um preço justo?
Hoje seria, porque o crédito fiscal não pode ser usado inteiramente num exercício. Vai precisar de vários exercícios. Mas aí depende do mercado, se há um interessado ou muitos.
Voltando para os dias atuais em 2015, a maldição está de volta, tudo o que fizeres desonestamente lhe será cobrado em dobro.
Mudança no plano estratégico ocorre após uma série de escândalos em sua filial suíça, o caso Swissleaks, em que o banco é suspeito de ter ajudado clientes, incluindo brasileiros, a sonegar impostos
O banco britânico HSBC anunciou nesta terça-feira (9) um novo plano estratégico que inclui, entre outras ações, o encerramento de suas atividades no Brasil e na Turquia e a demissão de cerca de 50 mil funcionários em todo o mundo.
As mudanças fazem parte de uma tentativa da empresa de reduzir os custos em US$ 5 bi e conseguir um retorno sobre o patrimônio líquido de mais de 10% até 2017.
O HSBC fez o anúncio em um comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, pouco antes de oferecer uma atualização detalhada sobre o novo plano de investimentos. O banco afirma prever a demissão de cerca de 10% de seus funcionários -entre 22 mil e 25 mil pessoas. À esta cifra serão somadas outras 25 mil demissões devido ao encerramento das operações de varejo na Turquia e no Brasil, país em que ficará só com o atendimento a grandes empresas.
Em paralelo, o banco tem a intenção de acelerar seus investimentos na Ásia, com um enfoque particular na China e no sudeste do continente, apontou o comunicado.
No Brasil, o banco britânico é hoje o sexto maior em ativos, tem 853 agências focadas na clientela de alta renda e emprega 21.479 funcionários. Tem ainda a financeira Losango, que financia compras na agência de turismo CVC e nas lojas Hering e Colombo.
A Losango está à venda há pelo menos quatro anos, mas o negócio nunca saiu porque o banco pede um valor considerado muito elevado. Os rumores sobre a saída do HSBC aumentaram em março, após o banco ter reportado prejuízo líquido de R$ 549 milhões em 2014; no ano anterior, tinha lucrado R$ 411 milhões no país.
Desde que o espanhol Santander comprou em 2007 o antigo Banco Real, o HSBC ficou pequeno demais para competir no país. Focou o segmento de alta renda, tentou vender a Losango, mas a reestruturação ainda não deu resultado. Os principais interessados na operação brasileira são Bradesco e Itaú, que também disputavam a Losango.
Escândalo
A mudança no plano estratégico ocorre após uma série de escândalos em sua filial suíça (conhecida por Swissleaks ) -o banco é suspeito de ter ajudado clientes, incluindo brasileiros, a sonegar impostos. Até 2011, o HSBC apostava na expansão dos negócios nos mercados emergentes, especialmente na Ásia.