renato santos
24/03/2016
O grupo Missão na Íntegra, que reúne pastores e líderes em 25 estados brasileiros, lançou um manifesto em defesa do Estado Democrático e de Direito. Segundo os organizadores, a iniciativa busca romper com a visão de que os protestantes estão quase sempre associados ao retrocesso e à intolerância.
Essa foto esta na página do PT, que foi publicado no dia 23 de março de 2016
Esse manifesto não está assinada, encontra-se na página do próprio PT, o conteúdo as fotos são os palestrantes que irão participar em novembro estão na página deles ,agora fica uma pergunta, esse manifesto faz parte deles também, ou estão sendo traidores de CRISTO,cabe a cada um deles se manifestar e a publicaremos.
Pastor da Igreja Batista de Água Branca
Fundadores e coordenador do Ministério Sal da Terra
Pastor da Igreja Presbiteriana da Barra da Tijuca
Pastor da Igreja de Cristo no Brasil
Teólogo, filósofo e escritor
Pastor da Igreja Batista Betânia
Pastor, teólogo, mestre em Missiologia
Pastor da Congregação Presbiteriana Central
Pastor da Igreja Batista da Água Branca
Fundador & CEO da Máquina do Bem
Pastor da Igreja Cristã Sal da Terra Cidade
O manifesto em defesa da democracia critica os procedimentos adotados na Operação Lava Jato e deverá ser protocolado até quarta-feira (23) no Congresso Nacional, além de também ser encaminhado para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para a próxima segunda-feira (28), está previsto ainda um ato em que os evangélicos convidarão juristas e intelectuais para uma conversa sobre a legalidade da operação. A ideia é abrir espaço para o debate e alertar para a importância de preservar a democracia no país.
Leia o manifesto na íntegra:
Manifesto de Evangélicos pelo Estado de Direito – Iniciativa do Missão na Íntegra
Nestas últimas semanas, a nação brasileira tem vivido momentos de aflição, angústia e ódio. A ausência de serenidade e cautela, nesta hora crítica, tem despertado muita preocupação e tememos que o acirramento provocado venha custar vidas humanas.
Conquanto tenhamos entre os membros de nosso movimento, como em todo o universo evangélico, as mais diversas opiniões políticas, ideológicas e opções partidárias, há em comum a pregação da tolerância, da paz e da justiça, conforme a orientação das Escrituras Sagradas. Desejamos, neste manifesto, nos posicionar a respeito desses acontecimentos.
Todos os signatários deste manifesto declaram que:
• como cristãos, rejeitamos e denunciamos com veemência a corrupção, a iniquidade, a impunidade e o ataque ao Estado Democrático de Direito. Esses desvios fazem com que o pão não esteja na mesa do pobre, e deixem os enfermos e os órfãos desamparados.
• entendemos que a corrupção e a impunidade têm sido problemas endêmicos na sociedade brasileira. E que a indignação de todos nós contra isso é justa e profética. Contudo, rejeitamos igualmente toda indignação pecaminosa que suplante o ordenamento jurídico, que aja com parcialidade e dissemine o ódio e o desejo de vingança entre os brasileiros.
• somos favoráveis a que todos, em quaisquer posições que ocupem ou de quaisquer camadas da sociedade, denunciados na forma da lei por possíveis crimes, sejam investigados e julgados. Porém, só se faz justiça civil pela aplicação rigorosa e exclusiva da lei. Não concordamos que os ritos necessários para o juízo legal sejam adulterados apenas para atender ao clamor público.
• rejeitamos a postura midiática tendenciosa com divulgações editadas dos processos investigativos. Essa prática irrefletida apenas tem promovido dias de aflição e angústia para os brasileiros, além de propagar o ódio e a intolerância com quem pensa de forma diferente sobre a condução dos processos. Por isso, nós pedimos à nação, e em especial aos nossos irmãos em Cristo, muita cautela e serenidade, e que o desejo de justiça não nos torne injustos.
• sabemos que os gritos de “crucifica-o” são motivados, muitas vezes, por gente mal intencionada e isso pode nos trair e nos levar a julgamentos precipitados. Entendemos que condenar alguém, antes que todo o processo investigativo seja concluso, antes que se dê amplo direito de defesa, e antes que um tribunal dê sua sentença final, constitui um perigoso precedente para que quaisquer poderes, seja o Executivo, o Legislativo ou o Judiciário, excedam os seus limites constitucionais.
• exigimos respeito ao voto. Toda eleição é uma convocação e um embate entre eleitores, e o voto é o suporte da legitimidade. Se a escolha dos eleitores corre o risco de ser invalidada, tem de haver um processo segundo o ordenamento jurídico, logo, isso tem de ocorrer de forma isenta e sob o império da Lei. O mandato outorgado pelo povo, por meio do voto, não pode ser levianamente questionado.
• rejeitamos todo ódio. O ódio, constatado muitas vezes nos discursos de figuras públicas, incita a violência e isso, segundo a nossa fé, é diabólico e não pode ser admitido entre os que constituem a Igreja do Senhor Jesus em solo brasileiro. Cabe a todo cristão a tarefa de ter paz com todos, seja em serviço ao próximo, seja em tolerância com quem pensa diferente, sendo capaz de amar e interceder por seu oponente. Intercessão que, rogamos, seja feita por nossa nação.
• defendemos que as investigações devam continuar, que as provas sejam coletadas e os responsáveis sejam arguidos pelos tribunais, conforme o estabelecido nas leis brasileiras. Que não haja privilégios para qualquer pessoa investigada, independente de posição ou partido político.
• defendemos a democracia como valor inexorável da Nação e não aceitaremos que nada possa interferir no Estado de Direito. Queremos que a institucionalização seja observada e que prevaleça a serenidade necessária para que o estado democrático seja preservado.
• reiteramos que “a voz” das ruas deve ser ouvida, mas o limite é a Constituição Brasileira. Cremos que todos devem ser investigados, mas dentro das garantias constitucionais. Que o voto e a escolha da maioria devem ser honrados, como reza a lei. Cabem às instituições, designadas democraticamente para tal, a garantia do Estado de Direito, a fim de que quaisquer cidadãos tenham seus direitos respeitados.
Para tanto permaneceremos em vigília e em orações.
Que o Senhor nos faça instrumentos da sua paz e da sua justiça.