Abusos cometidos pelas forças de segurança
O número de crimes violentos é muito alto na Venezuela. Em maio de
2013, o Presidente Maduro lançou o “Plano de Segurança Interna”,
convocando três mil militares para participar de operações conjuntas de
segurança pública com as forças policiais. Os militares não têm
treinamento adequado para executar essas tarefas.
As mortes causadas pelas forças de segurança são um problema crônico.
De acordo com as estatísticas oficiais mais recentes, agentes da lei
supostamente mataram 7.998 pessoas entre janeiro de 2000 e o primeiro
trimestre de 2009. Em julho de 2013, militares abriram fogo contra um
carro no Estado de Falcón, matando a motorista e uma de suas filhas e
ferindo as outras duas. Depois que o caso recebeu cobertura generalizada
da mídia, promotores acusaram 10 militares por sua suposta
responsabilidade nas mortes. No entanto, a impunidade continua sendo a
norma.
O governo criou a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) em abril de 2008
e aprovou medidas para promover o policiamento não abusivo. Elas foram
propostas por uma comissão formada por representantes do governo e de
ONGs. Em agosto de 2013, havia 14.478 policiais da PNB trabalhando em
oito estados.
Em junho de 2013, a Assembleia Nacional aprovou uma nova Lei de
Prevenção e Sanção da Tortura e Outros Tratamentos Cruéis ou Desumanos
que impõe.penalidades a prática, colaboração, acobertamento e
obstrução de investigações criminais em relação a esses atos. A lei já
entrou em vigor e prevê penas de até 25 anos para tais crimes.
Condições das prisões
As prisões venezuelanas estão entre as mais violentas da América
Latina. Problemas como fraca segurança, deterioração da infraestrutura,
superlotação, guardas insuficientes e despreparados e corrupção permitem
que grupos armados controlem as prisões. Centenas de mortes violentas
nas prisões ocorrem todos os anos. Em janeiro de 2013, pelo menos 56
prisioneiros e um membro da Guarda Nacional foram mortos durante um
confronto entre membros da Guarda Nacional e presos no qual as forças de
segurança usaram força letal durante uma busca de armas na prisão de
Uribana, localizada no Estado de Lara. Quarenta e seis prisioneiros
foram hospitalizados com ferimentos graves.
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