Regularização fundiária
Nos últimos anos, os moradores envolvidos com a Continental vêm se organizando em associações e procurado seus direitos na Justiça. Ao que parece, no entanto, o imbróglio não tem data para ser resolvido.
Para o vereador Seminaldo, Guarulhos é um dos municípios que têm mais problemas de regularização fundiária. “Ninguém arrendou tanto esta cidade quanto a Continental e é preciso fazer algo pra resolver isso, principalmente em nome dos moradores, os maiores prejudicados”, afirmou. “Estamos juntos aqui, proprietários, Legislativo, Executivo, sociedade civil organizada, vamos nos unir e lutar contra este inimigo comum”, salientou.
De acordo com Marcelo Lorenzini, morador e autor de um verdadeiro dossiê sobre a imobiliária, no final de 1979 a Continental passou a adquirir em poucos meses áreas em Guarulhos, Santa Isabel, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba e outras cidades da região do Alto Tietê.
Obteve dos órgãos públicos licenças provisórias que nunca foram devidamente regularizadas. Mesmo assim, vendeu lotes com a garantia de que tudo estava dentro da lei.
O golpe estava consumado. “Hoje temos três tipos de moradores, ou seja, aquele não consegue pagar o imóvel devido à alta das mensalidades, quem quitou o imóvel, mas tem que ainda pagar resíduos inflacionários acima do mercado, e quem pagou tudo, porém, não consegue obter a escritura do imóvel”, descreveu.
Nesta situação, onde se encontram quase 500 famílias, a Continental se acha no direito de retomar o terreno dos moradores que considera inadimplentes. “Isso, mesmo com a empresa tendo inúmeros problemas na Justiça, incluindo multas recorrentes e a falta de comprovantes de que seja proprietária dos terrenos que diz serem seus”, acrescentou Marcelo. “Ela tem uma dívida de 111 milhões de reais com Guarulhos e nada é feito”, lamentou Lorenzini.
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