RENATO SANTOS
11/03/2016
A presidente Dilma Rousseff esteve reunida na noite de quinta-feira (10), no Palácio da Alvorada, em Brasília, com o chamado núcleo duro do seu governo.
Os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, conversaram com a presidente, ao lado do assessor especial de Dilma, Giles Azevedo, todos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Dilma, que estava no Rio de Janeiro, chegou à capital federal por volta das 21h30. O encontro com os ministros não constava em sua agenda oficial e foi convocado pouco depois do Ministério Público de São Paulo ter anunciado o pedido de prisão preventiva do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito de um processo relativo à propriedade de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quer aceitar qualquer cargo no governo neste momento em que o Ministério Público de São Paulo pediu sua prisão preventiva. Para Lula, assumir um ministério agora passaria a mensagem de que ele está entrando na equipe apenas para obter foro privilegiado de julgamento, e não para ajudar a presidente Dilma Rousseff a sair da crise política.
A avaliação do ex-presidente foi transmitida ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que conversou com ele por telefone, na noite desta quinta-feira. Wagner fez o relato da conversa a Dilma e aos ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União) e também ao assessor especial Giles Azevedo, durante reunião que terminou agora há pouco, no Palácio da Alvorada.
A portas fechadas, Lula tem dito que é preciso desvincular sua eventual contribuição ao governo das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal.
As declarações dadas a BBC-BRASIL pelo líder do MST, STÉDILE, onde ele afirma o divórcio entre o PT e a DILMA, POR ESSA RAZÃO QUE LULA NÃO ACEITOU O CARGO NO GOVERNO DA DILMA.
O ex-presidente admite que Dilma corre sério risco de impeachment se não conseguir segurar o PMDB na equipe nem mudar os rumos do governo.
De acordo com notícias vindas a público nos últimos dias, dirigentes petistas querem que Lula integre o governo de Dilma, com o estatuto de ministro, o que, segundo juristas, inviabilizaria a possibilidade de Lula ser julgado num tribunal de primeira instância, caso a sua prisão preventiva venha a ser decretada, passando ter foro privilegiado, ou seja, só poderia ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os ministros deixaram o Palácio da Alvorada sem falar com os jornalistas.
Além da Justiça de São Paulo, Lula está também a ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
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