renato santos
13/04/2016
O que a imprensa ainda não divulgou, nós faremos, o que descobrimos nessa reportagem é que primeira vez aparece uma PARÓQUIA de São Pedro do Distrito Federal que recebeu uma quantia de 87 mil euros.
E o PARTIDO DO PRTB , a surpresa fica com homem que tinha imagem de " bom cidadão" e pregava moralidades nas Campanhas de televisão no Brasil, LEVI FIDELIX, procuramos saber o quanto esse partido lucrou durante esses anos e o que constatamos.
Mas fica uma pergunta, qual o verdadeiro objetivo dessa operação LAVA JATO, de numero 28, agora é sobre as " doações de campanha", essa pode revelar um esquema milionário de corrupção.
Os chamados fundos partidários, querem descobrir qual a origem do dinheiro, pois do céu não é, e se tem ligações profundas com os escanda-los da PETROBRAS.
“Como o senhor responde a crítica que o PRTB seria uma típica legenda de aluguel, que vive do dinheiro do fundo partidário, de negociar alianças pelo seu escasso tempo de TV e de negociar candidaturas que fazem ataques terceirizados nas eleições?” A pergunta do jornalista Kennedy Alencar deixou o presidenciável Levy Fidelix de bigode em pé.
Acostumado a sempre atacar, o candidato não esperava por aquele golpe desferido no debate entre os candidatos à presidência, promovido por SBT, UOL e Rádio Jovem Pan. Lembram disso ?
O representante do PRBT (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) ficou furioso ao ouvir a pergunta, mas a indagação de Kennedy Alencar suscitou um novo debate. O que exatamente um partido tido como “nanico” busca em uma eleição presidencial?
Na última pesquisa eleitoral, realizada pelo Ibope em 12 de setembro, somente quatro dos 11 candidatos apareciam com pelo menos 1% de intenção de votos: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB) e Pastor Everaldo (PSC). Os outros setes candidatos não atingiram esta marca, porém receberam, juntos, R$11.658.803 por meio do Fundo Partidário, dinheiro extraído dos cofres da União para ser dividido entre todos partidos, uma manobra para trazer competitividade às eleições.
Entre janeiro e agosto de 2014, o Fundo Partidário distribuiu R$108.032.826,03 aos 32 partidos atualmente existentes no Brasil. A quantia destinada às legendas, assim como questionado por Kennedy Alencar, é o chamariz para atrair candidaturas que certamente não resultarão em vitórias. Neste período, só como exemplo, o PRTB recebeu R$ 109.522,57 por mês, o que já deu um total de R$ 882.724,93 em 2014.
De 1986 até 2012, houve 14 eleições, no Brasil, para todos cargos políticos. O mineiro José Levy Fidelix da Cruz, 62 anos, participou de onze delas – dez como candidato titular, e uma como candidato a vice-prefeito de São Paulo, em 2000. Ele era vice de Fernando Collor, que teve a candidatura cassada.
Como se sabe, o fundador e dono do PRTB perdeu todas eleições que disputou – na maioria delas, ficou nas últimas colocações. Aliás, só a título de curiosidade, se somados todos os votos válidos das 10 candidaturas de Levy Fidelix, o político conseguiu 120.753 votos – em 2010, Tiririca foi eleito deputado federal com 1,3 milhão de votos, ou seja, Fidelix necessitaria de outras 90 eleições para chegar aos números do palhaço.
Este ano novamente postula ao cargo de presidente, assim como fez em 2010. “Mesmo sem chances reais de governo, eu me candidato para cutucar os ‘partidos gigantes’, entrando em temas importantes e deixando novas ideias no ar”, afirma o presidenciável do PRTB, ex-colunista do jornal Última Hora e fundador da agência Staff Publicidade. Nos últimos seis anos, o partido presidido por Fidelix recebeu R$10.459.526 entre Fundo Partidário e doações privadas.
Para o cientista político Aldo Fornazieri, há três motivos para partidos pequenos se candidatarem: interesse financeiro, contemplar mais cargos políticos por meio de alianças e manter a legenda viva, caso de Hernani Fortuna, o candidato menos votado nas eleições presidenciais de 1994. “O PSC (Partido Social Cristão) necessitava de um candidato para o partido não morrer, e aí me chamaram”, conta o então almirante da Escola Superior de Guerra.
O dinheiro, para Fornazieri, é o principal elemento de uma candidatura. “Partidos maiores financiam as siglas que não têm projeção para falar mal dos candidatos rivais”, garante. Mesmo sem vitória nas urnas, o patrimônio dos presidenciáveis cresce. Em 8 anos, o patrimônio de José Maria Eymael (PSDC), presidenciável em 1998, 2006, 2010 e 2014, aumentou 520%, enquanto o de Levy Fidelix teve um acréscimo de 602%.
O dono do PRTB chegou a declarar em 1998 que um apartamento no bairro paulistano do Campo Belo valia R$300.000. Mas, em 2006, mudou o valor declarado do imóvel para R$80.074, o que, na opinião de Carlos Alberto Sardenberg, é dificílimo de acontecer. “Só se tivessem levantado duas favelas ao redor, mas não foi o caso”, discorreu o jornalista econômico sobre o apartamento atualmente avaliado em 1,2 milhão de reais.
Sobre as eternas candidaturas e os ganhos financeiros, os dois políticos se esquivam. “Busco a reinstituição da democracia cristã, mas nunca dinheiro”, afirma Eymael. “Não fazemos campanhas milionárias.” O PSDC, presidido pelo candidato, recebeu R$6.552.058 entre Fundo Partidário e doações, de 2008 a 2013. Levy Fidelix dá de ombros para os poucos votos e as 10 derrotas eleitorais.
“Nunca perdi uma eleição. Vencer, para mim, é no campo das ideias”, vangloria-se. “Ridicularizavam-me com a ideia do aerotrem e do Rodoanel, mas depois fizeram”. Apesar da ascensão econômica, Fidelix nega que candidaturas resultam em dinheiro ao fim das eleições. “Não tem lucro, o político perde recursos e tempo nas campanhas, é muita falácia de quem não entende do ramo.” Levy está deixando um legado. Este ano, a filha Livia Fidelix é candidata a deputada estadual pelo partido do papai.
O ex-senador brasileiro Gim Argello recebeu subornos de mais de 5,3 milhões de reais (1,3 milhões de euros) para impedir investigações às empreiteiras UTC e OAC na comissão de inquérito da Petrobras, segundo o Ministério Público.
O ex-senador do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) foi detido preventivamente hoje, no âmbito da 28.ª fase da Operação Lava-Jato, com vista a assegurar a ordem pública e garantir que não cometa mais crimes, segundo os responsáveis pela investigação.
Os procuradores, que falaram hoje aos jornalistas, informaram que a operação de hoje teve por base as delações (divulgação de informações em troca de redução de pena) de Ricardo Pessoa e outros executivos da UTC.
A investigação revelou que os empreiteiros Ricardo Pessoa e Leo Pinheiro procuraram o ex-senador Gim Argello e que o filho do político também participou nos encontros.
Gim Argello integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Senado Federal e também foi vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instaurada no Congresso Nacional.
Segundo a investigação, os partidos que receberam as doações foram o partido Democratas (DEM), o Partido da República (PR), o Partido da Mobilização Nacional (PMN) e o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB).
Estes partidos, juntamente com o PTB, formaram a coligação "União e Força", pela qual Gim Argello era candidato a novo mandato de senador, em 2014.
O pagamento de suborno foi feito não só através de doações a partidos que compunham a comissão parlamentar de investigação, mas também através do pagamento de 350 mil reais (87 mil euros) à paróquia de São Pedro do Distrito Federal, que está sob investigação.
Segundo o Ministério Público, a paróquia, frequentada pelo ex-senador, foi indicada por ele para receber a doação.
O Ministério Público Federal fez saber que não há indício de que os partidos tenham participado ou que tivessem conhecimento da origem ilícita dos recursos.
O Ministério Público está ainda a investigar pedidos de subornos dirigidos a outras empreiteiras.
Contudo, os responsáveis frisaram que esta operação não investiga outros políticos envolvidos no esquema, porque ocorreu após a separação dos processos entre quem tem foro e quem não tem.
A propina [suborno] em forma de doações legais é uma coisa que existe há muito tempo, agora vamos aprofundar-nos sobre isso", garantiu o procurador Carlos Fernando.
A Polícia Federal cumpre 22 mandados judiciais, em concreto dois de prisão temporária, um de prisão preventiva, 14 de buscas e apreensão e cinco de condução coercitiva (obrigação de prestação de depoimento).
Os detidos temporariamente são Paulo Cesar Roxo Ramos e Valério Neves Campos, ambos ligados a Gim Argello.
Foram conduzidos coercitivamente Jorge Argello Júnior, filho do ex-senador Gim Argello, Roberto Zardi Ferreira Jorge, Gustavo Nunes da Silva Rocha, Dilson de Cerqueira Paiva Filho e Marcos Paulo Ramalho.
A sede da empreiteira OAS, em São Paulo, é um dos alvos das buscas.
A Operação Lava Jato investiga um mega-esquema de corrupção que envolve várias empresas, incluindo a petrolífera Petrobras.
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