RENATO SANTOS 09/01/2018 A situação na Bolivia começa dar seus passos a uma possivel ditadura bolivariana. Através de um comunicado de imprensa divulgado na terça-feira, a Conferência Episcopal boliviana identificou mais de uma dúzia de artigos na controvertida regra que, segundo eles, "viola os direitos humanos e os cidadãos fundamentais".
Como "ambíguo" e gerente de "incerteza jurídica", a Secretaria-Geral da Conferência Episcopal Boliviana da Igreja Católica descreveu o novo Código do Sistema Penal que, além disso, garante que é "feito para a medida dos interesses do poder".
Através de um comunicado de imprensa divulgado na terça-feira, o conglomerado de clérigos identificou mais de uma dúzia de artigos na controvertida regra que, segundo eles, "viola os direitos humanos e os cidadãos fundamentais" e representam "um revés dos valores democráticos conquistados por Sociedade boliviana ".
"Essas imposições unilaterais ameaçam a coexistência pacífica, por isso pedimos que, no espírito de uma verdadeira democracia participativa e em consideração a grande importância do Código do Sistema Criminal, temos a sabedoria para derrubá-la e iniciar uma ampla, franca e transparente com todos os setores envolvidos ", lê a nota.
Na sua opinião, esta iniciativa deve ser abordada "sem cair mais uma vez na acusação acostumada e fácil de tramas de conspiração e desestabilização contra o Governo".
Entre os assuntos questionados estão os 137 e 205 rejeitados por transportadores e médicos, respectivamente. Ambos os artigos estão em processo de revogação sob solicitação expressa do Presidente Evo Morales.
Alguns blocos de transporte mantêm seus protestos, enquanto os médicos levantaram a greve indefinida na segunda-feira, 47 dias após a ativação da medida de pressão.
Além disso, a Igreja questiona os artigos 209, 293 e 294, pois "criminaliza o direito de protesto". As duas últimas seções serão analisadas pelo Legislativo, também a pedido do presidente.
São acrescentados os pontos 21 e 106 que "põe em causa a liberdade de expressão e de pensamento"; 245 e 246 que "introduzem o controle inaceitável das redes sociais"; e, acima de tudo, o 157 "que levanta a exclusão do crime de aborto em causas tão genéricas".
A Conferência Episcopal lamentou que este aspecto tenha sido incorporado "na ignorância total das milhares de assinaturas entregues à Assembléia Legislativa Plurinacional e as numerosas manifestações a favor do direito à vida em diferentes cidades do país".
Ele também aponta para o artigo 88, primeiro parágrafo, número 11 que se refere ao crime de tráfico relacionado ao recrutamento de pessoas para organizações religiosas ou religiosas "cuja ambiguidade se manifesta claramente contra a liberdade religiosa".
"A lista de artigos questionáveis pode ser muito mais longa, mas os exemplos citados servem para qualificá-lo como um código adaptado aos interesses do poder e não das pessoas", afirmou o comunicado.
Os protestos que procuram a revogação da Lei 1005 promulgada em 15 de dezembro de 2017 persistem em várias frentes e regiões do país. Para esse fim, na terça-feira, foi reforçada a greve de um grupo de legisladores da oposição. O governo denunciou que seus detratores se sobrepõem a um desejo de desestabilização. (09/01/2018)
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