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RENATO SANTOS 08/01/2020 SEGUNDA SEMANA DE 2020. Já temos notícias da queda de aeronave com 170 pessoas, o primeiro acidente aéreo que promete esquentar o mundo dos espaços celestiais.
Um avião ucraniano com mais de 170 pessoas a bordo caiu na manhã desta quarta-feira no Irã.
A queda do Boeing-737 teria ocorrido logo após a decolagem, às 6h12 (horário local), do aeroporto internacional Imam Khomeini, em Teerã, conforme informou a Fars, agência estatal de notícias.
O voo PS752 da companhia Ukraine International Airlines seguia da capital iraniana com destino a Kiev, na Ucrânia.
E, de acordo com a agência humanitária Crescente Vermelho, não há chance de encontrar sobreviventes.
Ukraine Intl Airline Boeing 737-800 (UR-PSR, built 2016) crashed about 3 minutes after take-off from Tehran-Mehrabad AP (OIII). Ground witnesses observed a fire before the 737 went down in the west of the city. None of the 167 + 9 crew survived. https://t.co/fgZhR3cY8n pic.twitter.com/UEpZVRMxkN— JACDEC (@JacdecNew) January 8, 2020
A embaixada da Ucrânia em Teerã responsabilizou inicialmente uma falha do motor pelo acidente, mas depois retirou a declaração.
E afirmou que qualquer comentário sobre a causa do acidente antes do fim da investigação não era oficial.
"De acordo com as informações preliminares, o avião caiu como resultado de uma falha no motor por razões técnicas. Neste momento, a versão de um ataque terrorista está descartada", dizia o texto publicado inicialmente no site do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que estava em viagem a Omã, anunciou que estava voltando para Kiev. E alertou contra "especulações ou teorias sobre a tragédia" até que os relatórios oficiais estivessem prontos.
"Minhas sinceras condolências aos parentes e amigos de todos os passageiros e tripulantes", acrescentou em comunicado.
De acordo com o primeiro-ministro da Ucrânia, Oleksiy Honcharuk, havia 168 passageiros e nove tripulantes a bordo do voo.
Entre as vítimas, estão 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos, incluindo toda a tripulação, 10 suecos, quatro afegãos, três britânicos e três alemães, disse o ministro das Relações Exteriores, Vadym Prystaiko.
Equipes de resgate foram enviadas para o local do acidente, mas o chefe do Crescente Vermelho no Irã afirmou à imprensa estatal que era "impossível" alguém ter sobrevivido.
A caixa preta do avião já teria sido encontrada, segundo informou a emissora estatal iraniana IRIB.
De acordo com Zelensky, a Ucrânia organizou aviões especiais para voar até o Irã e repatriar os corpos das vítimas, o que estava pendente apenas da aprovação do governo iraniano.
Mais cedo, havia especulações de que o incidente poderia estar relacionado ao conflito entre o Irã e os EUA.
A tensão entre os dois países escalou drasticamente na última sexta-feira, após a morte do general iraniano Qasem Soleimani, em um ataque aéreo ordenado pelo presidente americano, Donald Trump, em Bagdá.
E levantou temores de um conflito direto entre as duas potências.
Em retaliação à morte do general, considerado um herói nacional no país persa, o Irã disparou mísseis na noite de terça-feira contra duas bases aéreas que abrigam tropas americanas no Iraque.
Por conta da carneficina já acontecendo as empresas vão alterar suas rotas internacionais. Algumas companhias aéreas comerciais redirecionaram os voos que cruzam o Oriente Médio, para evitar eventuais perigos em meio à crescente tensão entre os Estados Unidos (EUA) e o Irã.
A companhia aérea franco-holandesa Air France-KLM informou nesta quarta-feira (8) que decidiu suspender todos os voos em espaço aéreo de Irã e Iraque, como medida preventiva.
A companhia australiana Qantas disse que está alterando as suas rotas de Londres para Perth, na Austrália, a fim de evitar o espaço aéreo do Irã e do Iraque até novo aviso.
A rota mais longa significa que a Qantas terá de transportar menos passageiros e usar mais combustível para permanecer no ar por mais 40 a 50 minutos.
As companhias aéreas Emirates e Flydubai, dos Emirados Árabes Unidos, cancelaram os voos para Bagdá, depois dos ataques do Irã contra duas bases em território iraquiano, que abrigam militares norte-americanos.
Fonte da Flightradar, que monitora o tráfego aéreo, disse que dois voos da Emirates fizeram rota diferente para evitar a passagem pelo Iraque, enquanto um voo da Air Canada para Dubai redirecionou o trajeto pelo Egito e a Arábia Saudita
A companhia aérea Malaysia Airlines confirmou que "devido aos recentes acontecimentos", os seus aviões evitariam o espaço aéreo iraniano.
A Singapore Airlines também disse que os seus voos para a Europa seriam redirecionados para evitar o espaço aéreo do Irã.
A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA informou que está proibindo pilotos e transportadoras americanas de voar em algumas áreas do Iraque, Irã e em espaço aéreo do Golfo Pérsico.
Alertou para o "potencial de erro de cálculo ou de identificação" de aeronaves civis em meio à escalada da tensão entre os EUA e o Irã.
Essas restrições costumam ser preventivas, com o objetivo de impedir que aeronaves civis sejam confundidas com as que estão envolvidas em conflitos armados.
A FAA disse ainda que as restrições são estabelecidas devido a "atividades militares mais ativas e ao aumento das tensões políticas no Médio Oriente, que apresentam risco para as operações de aviação civil dos EUA``.
As restrições de voo surgem na sequência dos ataques iranianos com mísseis balísticos, nessa terça-feira (7), a duas bases iraquianas (em Ain al-Assad e Arbil) que abrigavam tropas norte-americanas.
A ação foi assumida pelos Guardas da Revolução iranianos como uma "operação de vingança" da morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds. Ele morreu na sexta-feira (3), em um ataque aéreo norte-americano em Bagdá, capital do Iraque.
O Irã, é tão assassinos que eles afirmaram que não vão entregar a caixa preta da aeronave para a fabricante Boing.
O Irã não entregará a caixa-preta do avião ucraniano que caiu hoje após decolar de Teerã à fabricante de aviões Boeing, disse o chefe da agência de aviação civil iraniana.
Ali Abedzadeh também disse que não está claro para qual país o Irã enviará a caixa-preta para que seus dados possam ser analisados, informou a agência de notícias Mehr.
Um Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines caiu na madrugada de hoje, matando todas as 176 pessoas a bordo, logo após decolar do Aeroporto Imam Khomeini, em Teerã.
FONTE JACEDNEWS
Fars agência local
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