RENTO SANTOS
exclusivo
05/07/2015 18:05 horário de brasilia
06/07/2015 24.00 horário da grécia
Com quase 90% dos votos contados: o 'Não' ganha com 61,47% , enquanto o 'Sim' está com 38,53%. Grécia o País da democracia diz não a escravidão.
Agora a casa do primeiro ministro grego caiu e ele tem que renunciar, se isso ocorrer mesmo como espera alguns, a Grécia volta escrever mais uma história da democracia, pelo outro lado o povo grego disse não no referendo, isso é a liberdade não tem preço.
O primeiro-ministro grego vai a falar ao país. Tsipras diz que Atenas vai regressar às negociações com os credores amanhã.
Antonis Samaras vai demitir-se de líder do principal partido da oposição, a Nova Democracia. A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande concordaram que a vitória do 'Não' tem de ser respeitada.
Os dois líderes falaram ao telefone agora a pouco e encontram-se amanhã, como já tinha sido anunciado. Terça-feira haverá cimeira de líderes da zona euro, acordaram Merkel e Hollande.
O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, já fala ao país. "Na segunda-feira chamaremos os nossos parceiros europeus para encontrar um terreno comum depois da vitória do 'Não' no referendo", disse, citado pela Reuters.
O Banco Central Russo considerou que não há riscos substanciais para a estabilidade financeira devido ao referendo na Grécia. PS: Governo "tem feito de conta que um terramoto grego não afectará Portugal".
"O PS apela ao Governo português para ultrapassar essa visão partidária do assunto e para se empenhar ao nível europeu numa solução. É do interesse nacional que o Governo português seja capaz dessa correção de rumo", declarou Porfírio Silva, membro do Secretariado Nacional do PS.
Fonte oficial do governo grego avançou à Reuters que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, falou este domingo por telefone com o presidente francês Francois Hollande. Abertura do mercado cambial na região Ásia/Pacífico, o euro recua 1,4% face ao dólar, para abaixo de 1,1 dólares; dólar australiano cai para mínimos de 2009.
Mais de metade dos votos já está contada e mantém-se a vantagem do Não, com 61,21%. A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defende que a Grécia "escolheu a democracia à chantagem".
"O povo grego deu uma grande lição à Europa mostrando que entre a democracia e a chantagem escolhe a democracia, provando que é possível vencer o medo mesmo quando o BCE (Banco Central Europeu) obrigou ao fecho da banca na Grécia", afirmou Catarina Martins, referindo-se aos primeiros resultados que dão a vitória ao "não" no referendo, mas ressalvando que ainda não são conhecidos resultados definitivos.
Primeiros dados oficiais: 3.076.780 votos contados, representando 35% do total, Não recolhe 61% dos votos e 'Sim' 39%. Já há pessoas nas ruas a festejar.
Numa carta enviada a deputados do Partido Trabalhista holandês e divulgada pela Bloomberg, o presidente do eurogrupo Jeroen Dijsselbloem considera que o resultado do referendo é determinante para o futuro da Grécia na zona euro. "Embora o governo grego queira fazer-nos crer o contrário, o referendo é sobre a permanência do país na zona euro", escreveu o ministro das Finanças holandês. "Embora saibamos que que a Grécia nunca cumpriu os critérios para entrar na zona euro, uma saída vai ter consequências dramáticas para a generalidade dos gregos".
Fonte do governo italiano avança que o primeiro-ministro Matteo Renzi se reúne esta segunda-feira com o ministro da Economia Pier Carlo Padoan para debater a situação na Grécia. Fonte do eurogrupo diz à Reuters que não há planos para os ministros das Finanças do euro se reunirem esta segunda-feira, tanto mais "que os ministros não saberiam o que debater" em caso de vitória do 'Não'.
O vice-ministro das Finanças grego garantiu que o dinheiro depositado nas caixas fortes dos bancos não pode ser retirado, ao abrigo do actual controlo de capitais, refere a Reuters. O porta-voz do governo grego falou à televisão pública logo após as primeiras sondagens apontarem para uma vitória do "não" no referendo. Gavrill Sakelaridis insistiu que o executivo helénico espera retomar as negociações com os credores para chegar "imediatamente" a um acordo.
O Banco Central da Grécia vai pedir mais liquidez de emergência ao BCE para assistir aos bancos que deverão abrir na terça-feira, avança a Reuters.
O Deutsche Bank reconheceu estar a preparar-se para a "nova situação", referindo-se a uma possível vitória do 'Não'. "Ajustámos os nossos processos e procedimentos para ter em conta a nova situação, que continuamos a monitorizar, assegurando a continuidade das operações de negócio e os serviços a clientes".
O ministro de Estado grego, Nikos Pappas, considerou que o acordo com os credores será "melhor" o "não" vencer no referendo e assegurou que os bancos vão ter liquidez, em declarações à televisão privada Alpha. O ministro do Interior, Nikolaos Voutsis, anuncia na televisão que vários sites do Governo foram atacados nas últimas horas. Acrescentou ainda que a afluência às urnas foi superior a 50%.
O líder do parceiro de coligação do Syriza e ministro da Defesa Panos Kamenos reivindicou a vitória do 'Não' na rede social twitter depois das primeiras projecções. ""O povo grego demonstrou que não pode ser chantageado, aterrorizado nem ameaçado. A democracia ganhou". A chanceler alemã Angela Merkel vai encontrar-se esta segunda-feira à tarde em Paris com o presidente francês François Hollande para discutir o resultado do referendo, avança a Reuters citando um porta-voz do governo de Berlim.
Passos Coelho disse hoje em Cabo Verde estar a aguardar pelos resultados do referendo grego, mas insistiu em que, quaisquer que sejam, há países europeus que "emprestaram muito dinheiro" e que a questão não pode ser esquecida. As urnas já fecharam na Grécia.
Quatro sondagens divulgadas pela Reuters dão vitória ao Não. A da MRB dá 46% a 51% ao 'Sim', e 49% a 54% ao 'Não; a Pollsters Marc avança com entre 45,5% a 50,5% para o 'Sim' e 49,5% a 54,5% para o 'Não'; a sondagem da Metron aponta 46% para o 'Sim' e 49% para o 'Não'; a GPO dá 48,5% para o Sim e '51,5%' para o 'Não'. Segundo as primeiras estimativas, 65% dos eleitores foram às urnas.
Falta uma hora para o encerramento das urnas na Grécia. O ministro das Finanças Yanis Varoufakis deverá reunir-se de emergência esta noite com os presidentes dos bancos gregos depois dos resultados do referendo, avança o editor de economia da BBC, Robert Peston.
O movimento de activistas do grupo 'naomevendo.pt' içou esta manhã uma bandeira da Grécia no Castelo de São Jorge, em solidariedade com o povo grego do dia do referendo.
Mariano Rajoy no twitter: "A Europa foi e continuará a ser solidária com a Grécia, mas não pode haver solidariedade sem a responsabilidade de todos". O primeiro-ministro falava num evento da fundação FAES, ligada ao Partido Popular. "Queremos o melhor para o povo grego. Esperemos que acertem e se mantenham no euro", acrescentou.
Duas sondagens divulgadas pela agência noticiosa russa Ria Novosti dão o 'Não' com vantagem de quatro e de sete a oito pontos em relação ao 'Sim'. Os estudos de opinião conhecidos na sexta-feira davam um empate técnico entre os dois lados.
Também o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, já votou. Aos jornalistas disse que "o povo grego não tem culpa dos enormes fracassos do eurogrupo" e que o povo se pronuncia "perante o último ultimato" do eurogrupo e dos credores. "É um momento sagrado, um momento de esperança para a Europa", afirmou.
O ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, alertou para a necessidade de os parceiros europeus não ostracizarem Atenas seja qual for o resultado do referendo, para evitar uma situação semelhante à que aconteceu com a Alemanha depois da I Guerra Mundial."Qualquer que seja o resultado da votação, temos de reiniciar os contactos políticos amanhã [segunda-feira]. (...) Não vamos repetir o Tratado de Versalhes", disse, citado pela Reuters.
Em declarações à rádio alemã Deutschlandfunk, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que se o 'Não' sair vencedor, a Grécia terá de introduzir uma nova moeda "porque o euro deixa de estar disponível como meio de pagamento". "No momento em que alguém introduz uma nova moeda, sai da zona euro. São esses dados que me dão alguma esperança que as pessoas votem 'Não' hoje. Numa outra entrevista ao Die Welt am Sonntag, deixou no entanto a porta aberta a um eventual crédito adicional de emergência a Atenas para garantir o funcionamento de serviços públicos.
O membro do comité executivo do BCE, Benoît Coeure, garantiu esta manhã à Reuters que o BCE está pronto a tomar medidas adicionais em relação à Grécia, se necessário. No final da semana passada o BCE deixou inalterado o tecto máximo da linha de liquidez de emergência para os bancos gregos, que encerraram na segunda-feira passada e deverão reabrir nesta terça.
"Hoje os gregos decidem o destino do nosso país. Votamos 'Sim' à Grécia, 'Sim' à Europa", disse o antecessor de Alexis Tsipras no governo de Atenas, Antoni Samaras, depois de votar.
Em declarações ao jornal Dimanche, o presidente francês François Hollande diz que o lugar da Grécia é no euro, independentemente do resultado do referendo. O primeiro-ministro Matteo Renzi já fez questão de salientar o mesmo: "Quando vemos um reformado a chorar em frente a um banco e filas para as caixas automáticas, percebe-se que um país tão importante para o mundo e para a cultura não pode continuar assim", disse ao jornal Il Messaggero.
O Financial Times referia esta manhã que bancos internacionais como o HSBC, o JP Morgan e o Deutsche Bank estavam a reforçar as suas equipas de mercado cambial durante este domingo para antecipar a forte procura dos clientes na sessão de amanhã.
Alexis Tsipras vota numa escola pública de Atenas, rodeado de apoiantes do 'Não'. À saída, disse aos jornalistas que "hoje a democracia vence o medo" e que a decisão de questionar os planos dos credores abre o caminho para que outros estados-membros façam o mesmo.
Eram 7h00 em Atenas, a hora a que estava prevista a abertura das assembleias de voto para referendo deste domingo. "Deve ser aceite o plano de acordo submetido pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional no eurogrupo de 25 de junho?", é a pergunta que os 9,85 milhões de eleitores gregos vão encontrar no boletim de voto ao longo do dia. As urnas devem fechar às 19h00 (17h00 em Portugal Continental).