renato santos
12/05/2016
Será que esses Ministros vão mesmo trabalhar? Ou vão a fundar mais ainda Brasil. O Tempo é o senhor da razão, Na verdade o tempo é curto.
Na tarde desta quinta feira, o Brasil começa a mudar seu rumo, sai um Comandante a, entre outro MICHEL TEMER, para tentar salvar o País de não ter mais acidente no seu percurso .
Quando entrou na sala em que deu posse ao novo governo, uma salva de fogos de artifício foi ouvida nos corredores do Palácio do Planalto. Sob aplausos, os ministros assinam termo de posse. No início da cerimônia, o senador Aécio Neves (PSDB), apesar de não ser ministro, estava ao lado do novo presidente, sorrindo e mostrando apoio.
Depois de todos os titulares assinarem, Temer começou cumprimentando os ministros, governadores, parlamentares e amigos. "Pretendia cerimônia sóbria e discreta, como convém o momento que vivemos", afirmou. Mas disse que, por outro lado, vê "entusiasmo" de políticos. Disse ainda que cogitou não fazer um discurso, mas teria percebido que era indispensável.
"Minha primeira palavra para o povo brasileiro é confiança", afirmou. "Unidos podemos enfrentar os desafios desse momento, de grande dificuldade. É urgente unificar a nação, unificar o Brasil." Segundo ele, diálogo é "o primeiro passo" para retomar o crescimento. Destacou que, agora, ninguém tem as receitas para solucionar os problemas do país. "Mas só vamos encontrá-las unidos. É preciso resgatar a credibilidade do Brasil."
O presidente afirmou que o Estado não faz nada sozinho, trabalhadores e empregadores podem ajudar. "O emprego, como todos sabem, é um bem fundamental para os brasileiros", disse, destacando, no entanto, que só há emprego se a indústria vai bem.
Temer enfatizou em "letras garrafais": "Vamos manter os programas sociais". Ele disse que não se deve destruir o que foi feito no governo anterior, mas aprimorar. "Expresso nosso compromisso com reformas, mas quero fazer uma observação: nenhuma dessas reformas alterará os diretos adquidos pelos cidadãos brasileiros."
O peemedebista citou algumas vezes a necessidade de recuperação da economia. Mas disse que os brasileiros não devem focar na crise. Mencionando um cartaz que viu em um posto de gasolina, disse: "Não fale em crise, trabalhe".
Segundo ele, é “urgente” fazer um governo de “salvação nacional”. "Nós vamos precisar muito da governabilidade e isso exige a lei da governança, apoio da classe política, Congresso, apoio do povo. O povo precisa colaborar e aplaudir as medidas que venhamos a tomar. A classe política unida ao povo conduzirá ao crescimento do pais.
Eliseu Padilha foi o primeiro a assinar a posse, ele assumiu a Casa Civil. Alexandre de Moraes assumiu Ministério da Justiça e Cidadania. Ministro na gestão FHC, Raul Jungmann assumiu Defesa no governo Temer. O PSDB, por sua vez, entra no governo com José Serra nas Relações Exteriores. O novo ministro do Trabalho é o deputado Ronaldo Nogueira. Ex-presidente do BC, Henrique Meirelles assume, como já aguardado, o Ministério da Fazenda. Ex-deputado federal por Alagoas, Maurício Quintella assume Transportes.
Deputado pelo PMDB, Osmar Gasparini Terra vai comandar o Ministério Social. Gilberto Kassab vai ser o ministro das Comunicações. Marcos Pereira assume Ministério da Indústria e do Comércio. Articulador político, Geddel Vieira Lima ocupa Secretaria de Governo. Ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá é o novo ministro do Planejamento. Ex-aliado de Dilma, Leonardo Picciani é o novo ministro do Esporte.
Indicado pelo PP, deputado Ricardo Barros vai comandar a Saúde. Sarney Filho assume Ministério do Meio Ambiente. Henrique Eduardo Alves volta para o Ministério do Turismo. Fábio Medina é o novo titular da Advocacia-Geral da União. Autor do 342º voto na Câmara pelo impeachment, Brujo Araújo assume Cidades. General Etchegoyen assume o Gabinete de Segurança Institucional de Temer. E Fabiano Silveira é o ministro da Fiscalização, Transparência e Controle.
Em sua oratória feita a pouco instantes MICHEL TEMER, citou vários pontos importantes, como reduzir os ministérios de 33 para 22, manter os programas sociais, combater a inflação e a principal o crescimento do emprego, não é uma tarefa fácil, mas, o que precisamos com certeza é a união de todos, CONGRESSO, EMPRESÁRIOS, SENADO, E A POPULAÇÃO em geral, e não podemos falar em crise e sim em TRABALHO.
Mas dentro do termo Jurídico precisamos unir a NAÇÃO, que ficou dividida em duas, uma COMUNISTA e a outra em DEMOCRACIA, o Brasil tem que unir-se e o mais rápido possível.
Sozinho não se Preside absolutamente nada, a não ser que o Brasil queira virar uma DITADURA COMUNISTA, e isso o País não precisa, um governante precisa RESPEITAR AS INSTITUIÇÕES LIVRES E INDEPENDENTES ENTRE SI, e ainda a CONSTITUIÇÃO o livro que DUTRA sempre falava.
De tudo que se foi falado no termo de posse, o mais importante é o crescimento da economia, colocar de volta em curto prazo no máximo de três meses os 11 milhões de desempregados, ou pelo menos os 10 % deles.
Um consenso entre os principais economistas do país é a de que fazer a economia crescer de novo é o principal desafio do governo Michel Temer.
O número de desempregados no país subiu 39%. “A taxa de desemprego sempre reage com a defasagem a recuperação econômica. Então, se a economia começar crescer no ano que vem, eu prevejo que começar a reduzir a partir de 2018”, fala o professor do Insper, Naércio Menezes.
E quando foi que a economia acendeu o sinal amarelo? “Houve um determinado momento em que o governo tentou, meio que na marra, derrubar a inflação e derrubar os juros sem, no entanto, construir as condições para que isso acontecesse.
No caso do setor elétrico, um custo artificialmente baixo significa que os investimentos em geração de energia não acontecem. Isso, então, plantou problemas para o futuro.
Quando tudo se normatizou a inflação subiu muito. E afetou. Afetou os salários reais, era uma certa ilusão aquilo que vinha acontecendo aqui”, diz o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.
O país passou de um crescimento de 7,5% em 2010 para uma queda de quase 4% ano passado. A produção parou, as vendas caíram e a arrecadação de impostos do governo também. Mas as despesas do país não.
“O Brasil tem agora uma grave crise fiscal e não vai poder resolver de novo porque não dá mais para continuar aumentando a carga tributária e não dá para resolver de novo jogando para o bolso do trabalhador”, afirma o economista Eduardo Giannetti da Fonseca.
E quando o bolso aperta não tem mágica: tem que cortar despesa. E vai ser preciso muito diálogo para o novo governo cortar gastos, um dos principais desafios do país.
“Nós precisamos cortar gastos e também focar gastos naquilo que é papel essencial do Estado: saúde, educação, segurança”, fala o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola.
A redução da despesa do governo abre espaço para a queda de juros também, outro entrave para o crescimento da economia e desse assunto o brasileiro entende bem.
A dívida pública do Brasil está em quase R$ 3 trilhões. Encareceu depois que a economia entrou em crise. Os juros básicos subiram de 7,25% em abril de 2013 para 14,25% agora.
Isso puxou todas as outras taxas da economia, os juros das empresas e também do consumidor.
“A redução dos juros passa necessariamente por uma situação fiscal melhor, uma consolidação fiscal e uma simplificação também no regime tributário”, explica Loyola.
O ministério de Temer deverá ser este:
Meio Ambiente com deputado Sarney Filho (PV);
Trabalho com deputado Ronaldo Nogueira (PTB);
Turismo com Henrique Eduardo Alves (que ocupou o cargo no governo Dilma);
Defesa com Raul Jungmann (PPS);
Fazenda e Previdência Social com Henrique Meirelles;
Planejamento com senador Romero Jucá (PMDB);
Casa Civil com Eliseu Padilha (PMDB);
Secretaria de Governo com Geddel Vieira Lima (PMDB);
Desenvolvimento Social com deputado Osmar Terra (PMDB);
Relações Exteriores com senador José Serra (PSDB);
Cidades com deputado Bruno Araújo (PSDB);
Agricultura com senador Blairo Maggi (que acaba de se filiar ao Partido Progressista);
Saúde com deputado Ricardo Barros (PP);
Educação e Cultura com deputado Mendonça Filho (DEM);
Ciência, Tecnologia e Comunicações com Gilberto Kassab (PSD);
Transportes, que incorpora Portos e Aviação Civil, com deputado Maurício Quintella (PR);
Justiça e Cidadania com Alexandre de Moraes (secretário de Segurança de São Paulo).
Quase três horas depois do resultado da votação no Senado é que começou a movimentação no Palácio do Jaburu. Na portaria, havia uma ordem para barrar a entrada de quem não havia sido chamado. Temer priorizou a conversa com os escolhidos para fazer parte de sua equipe de governo.
Ele ainda não fechou o acordo para o comando dos ministérios da Integração Nacional e de Minas e Energia. O novo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que isso seria resolvido nas próximas horas. “Vamos trabalhar para isto agora e a tendência é que esteja todo mundo já sabendo quem será e quem não será ministro”, diz Padilha.
No fim da manhã, o primeiro secretário do Senado, senador Vicentinho Alves (PR) chegou ao Jaburu trazendo a notificação ao vice-presidente. Imediatamente, depois de assinar o documento, Michel Temer passou a ser o presidente da República em exercício.