Energia de sobra
Do É o Tchan, Beto Jamaica avalia que a aceitação do público tem sido “maravilhosa”. O colega de estrada Compadre Washington conta detalhes de como foi a apresentação de estreia do projeto, em 7 de julho, em Salvador (BA).
— Fizemos o primeiro show que foi superlotado, maravilhoso. O pessoal ficou de perna bamba porque o lema do Moletchan é deixar o pessoal de perna bamba, ou seja, muita dança. Porque o Molejo tinha muita coreografia, muita dança. O É o Tchan também tem, então, são três horas de show onde você tem que ter bastante resistência nas pernas.
O cantor brinca ao ser questionado se a multidão consegue acompanhar a energias dois grupos que marcaram gerações.
— Não sabe de nada inocente [risos]! Todos eles que vão para o show estão preparados porque sabem que vão ter uma maratona de dança. Aqueles que não aguentam, dão um tempinho e, depois, volta um pouquinho. É uma hora do show do É o Tchan, uma hora do Molejo e, depois, tem os dois juntos. Então, o pessoal dá uma descansada de 15 minutos entre as apresentações para pegar 50 minutos do MoleTchan.
Para dar conta da agenda agitada de shows, Andrezinho, do Molejo, explica que todos os integrantes procuram cuidar do físico.
— Rola uma caminhadinha de leve todos os dias.
Compadre, por sua vez, entrega que não deixa de frequentar os treinos.
— Rola uma esteirazinha e puxo um ferro. Nada demais, só para manter a resistência. Agora, [a energia] tem que ser dobrada porque, independente do show do MoleTchan, tem a agenda do Molejo e a agenda do É o Tchan. Tem que estar bem em cima.
E eles não param por aí. Beto conta que a lista de tarefas vai além das apresentações.
— Fora as divulgações, transmissões de rádio. A maratona é muito grande. Se não se preparar, se não dormir direito e se não comer direito... Por isso que a gente prefere dormir nesse tempo que a gente tem.
Público
Apesar do MoleTchan trazer todos os fãs que passaram os anos 1990 dançando as músicas dos grupos, Beto observa rotos novos na plateia.
— Está renovando um pouquinho. A gente tem o público fiel, que são as pessoas que realmente curtem. Mas, por exemplo, no show de Salvador, a gente viu muita gente mais velha e também viu muita gente nova.
Os grupos também acreditam na imortalidade música através do tempo, segundo Anderson.
— A gente costuma dizer o seguinte: música boa nunca vai envelhecer, vai atravessar gerações porque o pai, o tio, o avô o vizinho, os DJs, sempre dão aquela força tocando as músicas e vai aguçando a curiosidade da galera. A galera vai aprendendo e as bandas também não deixam de tocar as músicas e isso vai fortalecendo cada vez mais.
Beto lembra também que músicas dos grupos compõem o repertório de diversas ocasiões.
— Sem falar que o É o Tchan toca em qualquer festa: aniversário, casamento, batizado, tudo. No final, tem que ter o É o Tchan. A gente recebe vários vídeos nas nossas redes sociais.
Anderson, enfim, complementa o raciocínio.
— Os homens chegam e, no final, fica todo mundo dançando que nem o Jacaré, as mulheres estão de salto alto e, no final, tiram para dançar, pega a vassoura e sai dançando. Depois, pega a garrafa, dançam Cilada, pegam a cordinha...