RENATO SANTOS 20/09/2016 A NOTICIA DO ANO QUE TODOS ESPERAVAM LULA AGORA É RÉU DA LAVA JATO. PRA QUEM SE PENSOU QUE O BRASIL IRIA SE TRANSFORMAR NUMA VENEZUELA E QUE SEUS ALIADOS FICARIAM NO PODER, ACABOU.
A REPUBLICA DE CURITIBA NÃO PERDOA, PRA QUEM MANDOU ENFIAR O PROCESSO NO C., PARA UMA PESSOA QUE ROUBOU BILHÕES DE REAIS A QUAL DEU PARA NICOLAS MADURO PRA MATAR OS VENEZUELANOS ALÉM DE OUTROS CRIMES JÁ PREVISTO.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva virou réu em ação penal da Operação Lava Jato aberta nessa segunda-feira, pelo juiz federal Sérgio Moro.
O petista é acusado corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e propinas na Petrobras.
É a primeira vez que o ex-presidente vai para o banco dos réus, em Curitiba – sede da Lava Jato – acusado de se beneficiar do esquema de corrupção e desvios de recursos da Petrobras, que teria vigora de 2004 e 20014, gerando um rombo de R$ 42 bilhões na estatal.
Partidos da base aliada – PT, PMDB e PP – comandaria diretorias por meio das quais desviavam de 1% a 3% em propinas de contratos fechados com empreiteiras cartelizadas.
As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.
Ao todo, diz a denúncia, o ex-presidente recebeu R$ 3,7 milhões a título de propina da empreiteira OAS. Parte do valor está relacionada ao apartamento no Edifício Solaris: R$ 1,1 milhão para a aquisição do imóvel, outros R$ 926 mil referente a reformas, R$ 342 mil para a instalação de cozinha e outros móveis personalizados, além de R$ 8 mil para a compra de fogão, micro-ondas e geladeira.
O armazenamento dos bens do ex-presidente, pago também pela OAS, segundo os procuradores, custou R$ 1,3 milhão.
Além de Lula e sua mulher, foram denunciados pela força-tarefa da Lava Jato, na quarta-feira, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, Paulo Gordilho, arquiteto e ex-executivo da OAS, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ex-executivo da OAS, Fábio Hori Yonamine, ex-presidente da OAS Investimentos e Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS.
A Procuradoria pediu ainda o bloqueio de R$ 87 milhões dos denunciados – valor apontado pela corrupção envolvendo três contratos da OAS na Petrobrás, em obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Repar, no Paraná.
No primeiro processo contra Lula, a força-tarefa imputa ao ex-presidente os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, considerados “vantagens indevidas” recebidas por ele e familiares de forma direta e indiretamente no apartamento do Guarujá e no armazenamento de bens pessoais em empresa especializada, custeada pela OAS.
A atuação de Lula como líder da organização criminosa não integra a denúncia criminal. O suposto crime de associação à organização criminosa é alvo de uma apuração aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão de deixar a imputação desse crime fora da acusação de ontem será repetida nas outras duas frentes em que o ex-presidente é investigado: a de compra e reforma do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), e a de recebimento de propinas em forma de pagamentos de palestras para a LILS Palestras e Eventos e em doações para o Instituto Lula.
Lula foi alvo de condução coercitiva, no dia 4 de março, quando foi deflagrada a 24ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Aletheia. Na ocasião ele negou conhecer o engenheiro da OAS Paulo Gordilho, que teria participado da reforma da cozinha do tríplex e de outra propriedade que investigadores atribuem a Lula, o sítio de Atibaia.
Em julho, a primeira denúncia aceita
A Justiça Federal aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral, e mais cinco acusados pelo crime de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Com a decisão, Lula passou à condição de réu na ação penal.