RENATO SANTOS 08/01/2018 Papa Francisco acordou pelos problemas da VENEZUELA ou percebeu tarde demais a situação de falecimento do Pais, seja como for ninguém aguenta mais essa situação.
O papa Francisco manifestou sua preocupação pela crise na Venezuela e defendeu eleições nesse país em sua tradicional saudação ao corpo diplomático nesta segunda-feira.
Em seu longo discurso ante os 183 embaixadores e representantes creditados ante a Santa Sé, o Papa argentino analisou vários focos de conflito que ameaçam o mundo e se referiu em particular à situação na Venezuela.
"Penso na querida Venezuela, que atravessa uma crise cada vez mais dramática e sem precedentes", assinalou.
"A Santa Sé, enquanto pede que se responda sem demora às necessidades básicas da população, deseja que sejam criadas condições para que as eleições previstas durante o ano em curso consigam dar início à solução dos conflitos existentes, e se possa olhar para o futuro com renovada serenidade", destacou.
Francisco, que empreende este mês uma viagem ao Chile e ao Peru, recordou sua histórica visita, em setembro, à Colômbia.
"Na Colômbia desejei abençoar os esforços e a coragem dese povo amado e marcado por um vivo anseio de paz depois de mais de meio século de conflito interno", enfatizou.
Em seu discurso pronunciado na imponente Sala Régia do Vaticano, o pontífice pediu respeito aos direitos humanos no mundo e condenou a "aberrante lógica da guerra".
"Um fato qualquer imprevisível pode inesperadamente provocar o incêndio bélico", alertou.
Francisco reiterou a posição da Santa Sé de que toda diferença deve ser "resolvida não com armas e sim por meio de negociações".
O Papa também fez um apelo pelos refugiados e insistiu que a comunidade internacional, além de cultivar a cultura da acolhida, trabalhe para que possam voltar a seus países.
Entre os focos de conflito citados pelo figura o da península coreana, onde o mundo, segundo ele, deve "apoiar todos os esforços de diálogo a fim de encontrar novas vias para que sejam superadas as atuais confrontações".
Francisco recordou também as resoluções das Nações Unidas para que se respeite o estatuto de Jerusalém e alertou que "70 anos de enfrentamentos obrigam que se encontre uma solução política que permita a presença na região de dois Estados independentes dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas".
O Papa também falou do direito ao trabalho, "um bem escasso em muitos países".
"Não podemos pretender que se planteie um futuro melhor, nem esperar que sejam construídas sociedades mais inclusivas se continuarmos mantendo modelos econômicos orientados para a mera ganância e a exploração dos mais fracos, como as crianças", lamentou.
Também pediu à comunidade internacional que cuide de foram coletiva da Terra, para frear o aquecimento global e reduzir a emissão de gazes nocivos.
"É uma obra que se assemelha aos dos construtores da catedrais medievais", afirmou, explicando que não veriam o próprio trabalho terminado, mas que entendiam que o projeto seria aproveitado pelas futuras gerações.