RENATO SANTOS 13/08/2017 O Brasil está num caminho que pode deixar os políticos não de cabelo em pé mas de orelhas mais curvadas do que nunca. Não precisa ser cientista político para chegar a essa conclusão, pelo menos já vinhamos percebendo através dos pedidos de intervenção militar.
O Brasil passou mais de 20 anos numa Cletocracia, seja no governo de FHC. LULA e DILMA, fomos enganados, iludidos, mas a Justiça de Deus não tarda, nenhum homem seja ele quem for está acima do Deus Vivo, se engana o coitado do homem que pensa que engana a DEUS,.
A situação dos brasileiros só piorou com as duas casas que eram para nos representar a Câmara dos Deputados e o Senado, o que eles estão fazendo é um escárnio para nós, pois seremos nós que vamos pagar o tal do fundo partidário para " bandidos" do poder, num valor de R$ 3 bilhões de reais, claro, queria ver esse dinheiro empregado na saúde, segurança e educação, mas, não teremos a não ser para seus desejos egoístas de escravizar o País, isso não é democracia, nem comunismo estamos diante da cletocracia e um povo " alienado" que não reage.
A falta de representatividade é a chave para entender o descontentamento com a política e a democracia brasileira apontada na pesquisa do instituto Ipsos.
Essa que o blog da gazeta central teve acesso ao levantamento em que 94% dos entrevistados dizem não acreditar que os políticos que estão no poder representam a sociedade brasileira. Em consequência disso, 86% também afirmam que a democracia no País não é respeitada.
Outras personalidades que foram avaliadas quanto ao índice de desaprovação e aprovação são: Fernando Henrique Cardoso (71% e 11%, respectivamente); Geraldo Alckmin (67% e 15%, respectivamente); Antonio Palocci (65% e 3%, respectivamente); Rodrigo Maia (60% e 4%, respectivamente); Marina Silva (59% e 21%, respectivamente); Gilmar Mendes (58% e 5% respectivamente); Romero Jucá (57% e 2%, respectivamente); Jair Bolsonaro (53% e 15%, respectivamente); Ciro Gomes (52% e 10%, respectivamente); Romário (51% e 15%, respectivamente); Henrique Meirelles (50% e 5%, respectivamente); Marcelo Crivella (47% e 11%, respectivamente); Roberto Justus (47% e 17%, respectivamente); João Doria (45% e 17%, respectivamente); Paulo Skaf (45% e 6%, respectivamente); Tasso Jereissati (44% e 5%, respectivamente); Nelson Jobim (44% e 4%, respectivamente); Luciana Genro (44% e 4%, respectivamente); Ayres Brito (41% e 3%, respectivamente); Edson Fachin (41% e 15%, respectivamente) e Deltan Dallagnol (36% e 11%, respectivamente).
Com margem de erro de 3 pontos percentuais, a pesquisa da Ipsos realizou 1.200 entrevistas presenciais em 72 municípios brasileiros.
Na mesma linha segue os cientistas políticos de acordo com o Jornal Estadão .
Para o cientista político José Álvaro Moisés, da Universidade de São Paulo (USP), a pesquisa mostra uma crítica radical ao modo como a política está funcionando no Brasil. “A população não se sente representada por quem elegeu e por quem está no poder. Os números sugerem o aparecimento de uma consciência crítica, uma característica sofisticada, na qual temos a democracia como ideal, mas nos sentimos livres para criticá-la de forma madura”, disse Moisés.
O cientista político afirma que “as pessoas querem restaurar o princípio da representação política e querem eleger representantes que de fato estejam conectados às causas comuns”. Ele diz também que o desejo da população é por mecanismos de aproximação com os representantes. “Os políticos estão legislando distantes da população. A impressão que eles acabam passando é de que defendem apenas os próprios interesses. Esse comportamento é entendido como um problema da nossa democracia.”
Já para o também cientista político Humberto Dantas, professor da USP e da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), a sensação de que no Brasil a democracia não é respeitada passa pela questão da falta de representatividade e aos desvios éticos. “Quando a população detecta uma falta de zelo com a coisa pública, ela, automaticamente, observa esses desvios como um desrespeito aos princípios democráticos”, diz.
Dantas afirma que “a sociedade está conseguindo identificar as estruturas, dentro do Legislativo e do próprio Judiciário, que visam apenas a beneficiar seus próprios membros, e que estariam agindo apenas para manter privilégios e um certo espírito corporativo”. Ou seja, a população acredita que a classe política representa apenas ela própria, e não a sociedade como um todo.
O cientista político destaca que o próprio conceito de democracia ainda não é algo claro para parcela dos brasileiros. “Acho muito relevante a gente tentar entender o que as pessoas acham que é democracia. Pela minha experiência, elas têm uma dificuldade para traduzir uma definição básica de democracia”, diz.
Segundo Dantas, parte dos eleitores associa democracia à “liberdade absoluta”. “Esse entendimento também é um problema. Quando falamos em aperfeiçoar nossa democracia, estamos querendo criar mecanismos de controle e fiscalização do poder público, um modelo em que todos são responsáveis. O que é diferente de liberdade absoluta.”
Caminho errado
Para Dantas, aparentemente, propostas como distritão e fundo eleitoral, aprovado na semana passada pela comissão especial da reforma política ao custo de R$ 3,6 bilhões, estão na contramão do desejo popular captado pela pesquisa Ipsos.
Dantas diz que as mudanças representam uma preocupação maior “em garantir recursos para a eleição de 2018” do que com alterações mais substanciais na representatividade. “A primeira preocupação dos legisladores foi com a sobrevivência do próprio sistema e beneficiar os partidos grandes já estabilizados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Gilberto Amendola) Colaboração em.com
postado em 13/08/2017 09:31