RENATO SANTOS 25/09/2016 Guarulhos a Cidade de Sucupira, faz mais de 30 anos que o Rio Baquirivu que corta a região do Haroldo Veloso a Praça Oito não recebe obras simples como canalização, para se ter a ideia já passaram deste o falecido PASCHOAL THOMEU, do PMDB , ELÓI PIETA, JOVENICO, ALMEIDA esse foi ultimo e nenhum deles resolveram esse problema, somente o ALMEIDA digamos colocou alguma coisam mas não canalizou ao contrário do Município de Araúja.
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ALÉM DOS PROBLEMAS O RIO BAQUIRIVU AINDA RECEBE DEJETOS DO AEROPORTO INTERNACIONAL |
Todos tem a mesma desculpa que esse rio pertence ao governo do estado, na realidade ele corta a cidade dividindo com o aeroporto internacional, que joga seus dejetos no rio sem nenhum tratamento, é o rio mais " cheiroso " , quando o estado dele é crítico , basta não chover por duas semanas, se der uma sungada você passa mal.
Diante desses problemas e visando equacioná-los, a Prefeitura Municipal de Guarulhos solicitou a colaboração técnica do DAEE, para elaboração de um estudo com proposição de alternativas de intervenções, para mitigação dos efeitos danosos causados pelas cheias.
Independentemente desta colaboração, vale salientar que o controle efetivo das inundações, não deve ser tratado somente por órgãos/entidades que tratam da gestão dos recursos hídricos, mas também pelas diversas instâncias do Poder Público que de alguma forma interferem no processo, destacando-se as Prefeituras no que tange à necessidade de definição de diretrizes de política de uso e ocupação do solo, pois o crescimento da urbanização da bacia e sua conseqüente impermeabilização, implicam escoamento mais rápido das águas superficiais, agravando as enchentes.
O Baquirivu-Guaçu sendo um rio intermunicipal, requer uma política integrada dos municípios de Guarulhos e Arujá para o controle efetivo das inundações. As intervenções localizadas acabam alterando a morfologia fluvial, e consequentemente o comportamento hidrodinâmico do rio.
Em Arujá a maior parte do rio já foi canalizada (Foto ), o que possibilitou um aumento da capacidade de descarga da sua calha, porém com transferência do problema para jusante. Esses efeitos localizados devem ser evitados, com a realização de um estudo de drenagem global da bacia hidrográfica.
O CRESCIMENTO POPULACIONAL :
A PRIMEIRA DESCULPAS DOS ODORICOS
O crescimento acelerado e a ausência de um planejamento adequado, acarretam profundas modifica -
ções no uso e ocupação do solo e, em conseqüência, efeitos permanentes nos processos de infiltração, sobretudo no tocante à drenagem das áreas urbanizadas.
O aumento do volume do escoamento superficial em áreas urbanas ocasiona problemas variados no controle da drenagem, na manutenção de galerias pluviais e de canais, e na própria qualidade das águas, devido ao carreamento de solo e detritos diversos.
A especulação na comercialização de lotes urbanos, muitas vezes clandestinos, e as constantes invasões de terras, tornam o problema básico de controle do desenvolvimento urbano, uma tarefa bastante difícil para a grande maioria dos municípios da Região Metropolitana de São Paulo.
A área abrangida pela bacia hidrográfica do rio Baquirivu-Guaçu, situada dentro dos limites da RMSP, é uma das regiões que vem sofrendo nos últimos anos, um acelerado processo de desenvolvimento, atraindo uma ocupação crescente e desordenada , e provocando um aumento descontrolado na taxa de urbanização.
Além disso, a facilidade de acesso propiciada pela existência de importantes rodovias que cortam a região, aliada a outros fatores que induzem à urbanização, é que fez de Guarulhos um importante pólo de desenvolvimento na Metrópole.
Além dos aspectos mencionados, cabe ressaltar o grande impacto urbanístico causado pela implantação do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, no distrito de Cumbica, modificando sensivelmente a drenagem do rio e transformando o escoamento de um regime de baixa para alta velocidade, sendo ainda observado um significativo aumento do coeficiente de "run off".
Esses fatores, aliados à ocupação das margens do rio Baquirivu-Guaçu (Foto 2), ocasionaram aumento do volume e da frequência das cheias, fato agravado pela baixa capacidade de veiculação de vazões de sua calha.
Como resolver o problema do rio, segundo o senhor Silvio Luiz Giudice que é Diretor da Bacia do Alto Tietê e Baixada Santista, a qual ele escreveu um artigo CONTROLE DE CHEIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BAQUIRIVU-GUAÇU ele mostra as respostas .
ASPECTOS GERAIS DA BACIA
Com uma área de drenagem de 156,5 km², a bacia hidrográfica do rio Baquirivu-Guaçu, afluente da margem direita do rio Tietê, está localizada na 6ª Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, integrando a bacia hidrográfica do Alto Tietê, na região nordeste da RMSP.
Os seus principais contribuintes são, de jusante para montante, os seguintes:
HIDROLOGIA
Para determinação das vazões de cheias na bacia do rio Baquirivu-Guaçu foi utilizado o Modelo de Simulação Hidrológica desenvolvido pela FCTH (Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica), conhecido como Modelo Cabc - "Análise de Bacias Complexas - Versão 1997".
O Modelo Cabc é recomendado para projetos de macrodrenagem em áreas rurais e urbanas, onde o método Racional apresenta restrições quanto à sua aplicação, ou seja, em bacias hidrográficas com áreas de drenagem superiores a 2 km².
Este modelo pode ser aplicado também a grandes bacias urbanas, uma vez que a diversidade de distribuição de chuva e de ocupação do solo pode ser compensada através da divisão em sub-bacias.
Em termos de técnica de simulação, são utilizados os algoritmos do Soil Conservation Service para o cálculo da precipitação excedente e do hidrograma de cheia, além do método de Muskingun para o amortecimento de cheias em canais naturais.
Conforme recomendação do S.C.S, prevendo a futura expansão da área urbana abrangendo toda a bacia hidrográfica do rio Baquirivu-Guaçu (inclusive afluentes), adotou-se a condição II para a umidade do solo e o grupo B para o tipo hidrológico do solo. Nestas condições obteve-se número da curva ponderada (CN) igual a 85.
Geração de Hidrogramas
A definição dos hidrogramas de cheias gerados para as sub-bacias do Rio Baquirivu-Guaçu, no modelo de simulação Cabc, foi baseada no hidrograma adimensional do S.C.S, que é um hidrograma unitário sintético, onde a vazão é expressa como fração da vazão de pico, e o tempo como fração do tempo de ascensão do hidrograma unitário.
Em função da vazão de pico e do tempo de resposta para a duração da chuva excedente, o hidrograma unitário pode ser estimado a partir do hidrograma adimensional sintético para uma dada bacia.
O modelo Cabc utiliza o método do Hidrograma Triangular do S.C.S. para transformar os incrementos de chuva em cada intervalo de tempo, em hidrogramas de escoamento superficial direto.
Tendo em vista a importância das obras previstas, estimou-se a chuva de projeto para períodos de retorno de 25, 50 e 100 anos, adotando-se para todas as seções de cálculo uma chuva com 3 horas de duração, resultando, para a bacia hidrográfica do Rio Baquirivu-Guaçu considerada como um todo, os seguintes valores de precipitação:
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A bacia do rio Baquirivu-Guaçu constitui-se hoje um dos vetores de expansão urbana da Grande São Paulo. A aceleração deste processo de urbanização tem se acentuado de forma a influenciar e modificar, de maneira drástica, o comportamento hidrodinâmico do rio e, consequentemente, as suas vazões.
Por outro lado, o rio já se encontra canalizado em toda a área de influência do Aeroporto Internacional, sendo difícil a ampliação de sua capacidade nesse trecho, face inclusive às interferências existentes. Também em seu trecho superior em Arujá, a canalização já foi executada.
Nesse contexto, do ponto de vista de drenagem da bacia do rio Baquirivu-Guaçu, ao invés de se prosseguir com a filosofia de retificação, canalização e aumento do volume e velocidade das águas, deverá ser adotado um procedimento inverso, ou seja, o de retardar o escoamento através de mecanismos de retenção das águas, diminuindo sua velocidade e retardando o tempo de percurso até os fundos de vale.
Esse enfoque remete às bacias de retenção. A solução de reservatórios de retenção leva sempre ao conceito de retardamento do escoamento das cheias, isto é, ao invés de se executar mais canalizações que acelerem o fluxo das águas, deve-se propiciar o amortecimento das enchentes e a contenção dos escoamentos onde eles são produzidos, ou seja, na fonte.
Com a proposta de implantação de reservatórios de retenção pretende-se alterar o regime hidráulico dos cursos d’água da bacia, forçando o armazenamento das águas excedentes em áreas pouco habitadas, de forma a não causar maiores transtornos à população.
As intervenções propostas abrangem a criação de oito áreas de retenção nos principais afluentes da margem direita do rio Baquirivu-Guaçu, as quais poderão conforme simulação realizada, propiciar os seguintes abatimentos nas vazões de pico:
Tr 25 anos | 36,4 % |
Tr 50 anos | 32,6 % |
Tr 100 anos | 29,6 % |
A execução dessas intervenções deverá, certamente, diminuir o problema de enchentes na região. A implementação de medidas de caráter não estrutural, entretanto, é considerada também de fundamental importância, visando:
A carência de infra-estrutura urbana (coleta de lixo, controle de erosão etc.) favorece a transformação dos cursos d’água e galerias em verdadeiros depósitos de lixo e sedimentos, comprometendo o adequado funcionamento dos sistemas de drenagem.
Tanto no caso de intervenções estruturais, quanto no caso de não estruturais, para garantia de um bom nível de eficiência desses sistemas, é imprescindível realizar a sua manutenção periódica, através de operações de limpeza, desobstrução e desassoreamento, normalmente simples de serem executadas.
A realização dessas operações amenizaria, ou mesmo resolveria algumas vezes, casos de inundações ocorrentes em áreas urbanizadas.
Finalizando, a experiência do DAEE no Alto Tamanduateí confirma o princípio básico de que, para o controle de enchentes, geralmente os melhores resultados são obtidos mediante a combinação de diversos recursos.
COMEÇA O JOGO DO EMPURRA PRA O BURACO
Em 22 de maio de 2016, vem uma notícia que empurra o rio baquirivu ao buraco, a pergunta é Se o dinhero era para fazer em GUARULHOS por que foi para CAMPINAS?
Resposta : Por conta de um projeto de lei que foi aprovado na Assembleia Legislativa nesta última quinta-feira, 19, o Governo do Estado retirou cerca de R$ 700 milhões que seriam destinados para a construção de piscinões e canalização do rio Baquirivu, nos bairros do São João e do Taboão. O dinheiro agora será investido na região de Campinas.
Em resposta, o Departamento de Águas e Energia Elétrica, que é o responsável pela obra, relatou em nota que manterá a construção de um piscinão, dos cinco previstos, no valor de R$ 787 milhões, com capacidade de 650 mil m³ e que a ideia para remanejar o investimento “é aproveitar os recursos disponíveis para aumentar de maneira significativa a disponibilidade de água para abastecimento da Regiões Metropolitanas de São Paulo”.
O Governo do Estado ainda culpou o Governo Federal dizendo não ter recebido a verba prevista para a construção destes reservatórios pelo PAC da Crise Hídrica”, acertado no início do ano passado.
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