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RENATO PEREIRA DOS SANTOS FILHO Experiência 1988 Fotógrafo Diário de Guarulhos 1989 Entrevistador Jornal da Liga Árabe de Guarulhos 1990 Entrevistador Jornal do Brás e Federação do Truco Estado de São Paulo 1992 Redator, Fotografo da Gazeta Central de Publicidade e Jornalismo Ltda 1995 - 2.000 Professor Secretária do Estado de São Paulo PEB II 2.001 Arquivista Escritório Doutor Cornélio José Silva 2007 Auxiliar de Escritório Doutor Cornélio José Silva 2009 Arquivista Escritório Jose Maria Zey 2010 - 2012 Escritório do Doutor Cornélio José Silva 2013 -atual Blogueiro Escolaridade • Escola Estadual Professor Cyro Barreiros • Escola Estadual Salim Mudeh • Escola estadual romano Puggiari • Universidade Mogi as Cruzes ( Jornalismo Incompleto 1995) • Universidade Ung Letras ( Incompleto) • Uninove Vergueiro Ciência Jurídica ( trancado) • • Cursos com certificados OAB Certificado do curso/palestra Jurídicas 13 de julho 2005 OAB CERTIFICADO DO CURSO/PALESTRA A POLICIA JUDICIÁRIA NO ESTADO DEMOCRÁTICO E O INQUÉRITO POLICIAL À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SETEMVRO 2005 TELECENTRO PREFEITURA DE SÃO PAULO CERTIFICADO E CURSO DE INTRODUÇÃO À HTML E OUTRAS LINGUAGENS DE COMPUTAÇÃO DEZEMBRO DE 2005 OAB CERTIFICADO/CURSO INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO CÓDIGO DE DESESA DO CONSUMIDOR MAIO DE 2006 OAB CURSO E CERTIFICADO LOCAL DE CRIME O CADÁVER, A FAUNA CADAVÉRICA E A PERÍCIA JUNHO DE 2008 ACADEMIA INTERNACIONAL DE DIREITO E ECONOMIA SETEMBRO 2008 CENTRAL DE CURSO DE RECOLOCAÇÃO E MARKETING ADMINISTRAÇÃO PROFISSIONAL DEZEMBRO DE 2008 IBCCRIM RESPONSABILIDADE PENAL NOS CRIMES DA DITATURA MILITAR 2008 USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEZEMBRO DE 2008 60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS CIEE PERSPESCTIVAS DO S ETOR DE HABITAÇÃO 2009 EAD FUG CURSO DE FORMAÇÃO POLITICA 2010 CURSO DE PROFESSOR E A CRITIVIDADE IPC GUARULHOS 2016 FACULDADE FIA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS CENARIOS 20/25 FEVEREIRO 2020 CURSO DE PORTEIRO CB0 5174-10 2020 CURSO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA/MISSIOLOGIA/HISTÓRICO DA IGREJA/SERMÃO/LITURGIA DE CULTO 2020 - 2021 INSTITUO BÍBLICO DA 1.ª IGREJA PRESBITERIANA CONSERVADORA DE GUARULHOS DESCRIÇÃO DOS CURSOS: Calculo trabalhistas Cálculo da Previdência Contratos Petições Iniciais ( civil trabalhista Criminal e Previdenciária) Todos administrados pelo Dr. Cornélio José Silva e supervisionados Gestão de Conflitos Pessoais e marketing administrados por Dr. Cornélio Na área de Jornalismo marketing A Importância do marketing Orientação da empresa para o mercado, Conceitos, tendências e tarefas fundamentais de marketing , análise Swot, sistema de marketing de pesquisa Liderança para às seguintes áreas profissional: Jornalismo/Publicidade, Advocacia /Politica Liderança e produtividade a função utilização em Administração e recursos Humanos para todas às área dentro de seus conceitos e preceitos objetivos críticos construtivos ou não. Desafios para a Gestão de Pessoas Gestão de qualidade os desafios atuais da gestão da advocacia e jornalismo para qualidade total

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sábado, 9 de março de 2019

Governo Jair Bolsonaro já editou no Diário Oficial da União a liberdade do Nordeste <<>> Dessalinização da água <<>> Nordeste não é curral do PT <<>> Claro que eles não gostaram <<>> Vicente Andreu ex presidente da ANA na gestão petista O Brasil sabe fazer não precisa de Israel revista época <<>> Outro GGN vão privatizar a água <<>> O que eles querem é que a população fiquem contra Bolsonaro







RENATO SANTOS 09/03/2019  Mais  uma vez a  mídia esquerdista distorce os fatos, falam  em privatização da água, olhem só o absurdo que se chega a  estupidez da  ignorância. 

A  palavra da vez  é  a  dessalinizar , dessalinização da água do mar trata-se do uso de processos físico-químicos para a retirada de sal da água. 






Alguns desses processos são destilação, congelamento e osmose reversa. Um dos maiores problemas que ameaçam a vida humana é a falta de água potável.

Já  em dezembro, havia  um sonho  para que isso  ocorresse, presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta terça-feira (25/12) que fará parcerias com Israel para beneficiar o Nordeste com projetos de dessalinização de água. 

Hoje dia 09/03/2019  o presidente  volta  ao  assunto a qual saiu  no  Diário  Oficial da  União.




Por meio de seu perfil no Twitter, Bolsonaro afirmou que o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, visitará em janeiro instalações de dessalinização, plantações e o escritório de patentes no país do Oriente Médio.

“Também estudamos junto ao embaixador de Israel e empresa especializada testar tecnologia que produz água a partir da umidade do ar em escolas e hospitais da região. Poderemos, inclusive, negociar a instalação de fábrica no Nordeste para venda desses equipamentos”, escreveu o presidente eleito no Twitter.

Acabando  com a  seca a região do Nordeste deixará  de ser capacho  de " coronéis"  do poder,  onde sabemos que trocam as  águas  pelo voto, isso a imprensa não fala, e dará  ao povo  nordestino  mais  autonomia para  plantação de grãos, vegetação para  o gado e vida melhor  para  todos.



Localizada na cidade de Hadera - norte de Israel – ela é capaz de produzir 127 milhões de litros de água potável por ano, o que seria equivalente a água para um de cada seis israelenses. 


No último mês (Junho de 2010), Israel inaugurou a sua terceira usina de dessalinização no norte da cidade de Hadera. A usina foi considerada a maior usina de dessalinização por osmose reversa do mundo. Ela captura água do Mar Mediterrâneo e a torna potável, a expectativa é que a usina produza 127 milhões de metros cúbicos de água por ano – o suficiente para abastecer um sexto da população israelense.

Criada com um investimento de quase meio bilhão de dólares, a usina foi criada pela IDE Technologies, uma companhia israelense que já construiu duas usinas de dessalinização de água no país junto com a Housing and Construction Group, uma construtora pertencente ao grupo Arison.

O governo foi o responsável pelo plano de criar a usina, com o objetivo de atender as demandas de uma população crescente e com o seu estoque de água sempre ameaçado, dependentes quase que exclusivamente das chuvas de inverno.


Através de um contrato de 25 anos, a água custará um pouco mais de 50 centavos  de dolar por metro cúbico. Segundo a IDE, a primeira usina de dessalinização, construída na costa de Ashkelon, tem tido um bom desempenho desde 2005. Existe uma terceira usina em Palmahim, ao sul de Tel Aviv. Outras duas usinas estão sendo construídas em Ashhdod e Soreq.



Uma nova era?

“O sucesso do conceito de uma mega usina de dessalinização alcançou uma nova era de água abundante e acessível para o mundo, que vêm enfrentando problemas de falta de água” disse Avshalom Felber, CEO da IDE Technologies, em um comunicado oficial.

Ofer Kotler, CEO da Housing and Construction Group disse: “Como um dos maiores e mais complexos projetos que o nosso grupo já fez, nós estamos particularmente satisfeitos em apresentar esta usina para um país passando por dificuldades com a água”.

A IDE apresentou avanços tecnológicos nos campos da dessalinização térmica e de membrana. O sal é retirado da água marinha, utilizando um processo de osmose reversa, uma das duas maneiras de utilizar membranas para dessalinizar a água. Na osmose reversa a água de uma solução salina altamente pressurizada é canalizada através de uma membrana permeável que a separa dos componentes salgados. A segunda maneira se dá através de um processo chamado eletrodiálise.

A IDE é pertencente a duas mega-indústrias israelenses. A empresa química ICL, e a Delek Group, uma investidora de energia e infraestrutura.

Não é ecológico

Os ambientalista de Israel não vêm a dessalinização como solução de longo prazo para resolver a falta de água em Israel e no Oriente Médio. Um dos grupos protestantes são os Friends of the Earth Middle East (FOEME), cujo diretor israelense Gidon Bromberg aponta que a dependência intensa dessas usinas de alta intensidade energética, e altamente poluente, não é uma solução viável a longo prazo.

Bromberg e outras pessoas dedicadas à proteção dos recursos hídricos locais sugerem que os países carentes de água, como Israel, Jordânia e outros na região devem identificar os meios mais eficazes de reduzir o consumo de água.

“Este conflito entre a indústria e ambientalistas não é novidade, agora é hora de encontrar um terreno comum e contornar a crise”, diz Shmulik Shai, gerente geral da H2ID, a usina de dessalinização de Hadera. Ele ainda diz que nos últimos cinco anos Israel vem enfrentando uma grave escassez nas suas três principais fontes de água: o mar da Galiléia, seu aquífero da montanha e seus aquíferos costeiros. Ele adverte que o país já está em situação de risco, e que se continuar desse jeito, as conseqüências poderão ficar cada vez mais graves.

Segundo Shai a usina irá fornecer boa parte dos 750 milhões de metros cúbicos de água que os israelenses necessitam para o uso pessoal.



[Fontes: http://www.israel21c.org/201007018072/environment/quenching-your-thirst-with-the-sea, http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/02/18/israel-inaugura-a-maior-usina-de-dessalinizacao-do-mundo, http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/israel-inaugura-maior-usina-dessalinizacao-mundo-576641.shtml, http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/617/israel_inaugura_a_maior_usina_de dessalinização.

Porém  os petistas  não gostaram dessa aproximação  entre  Israel e Brasil, numa entrevista dada a  revista  época, o  ex presidente da ANA deixa  claro ao colocar  obstáculos por que será né? É simples  o pt  perde  o seu curral eleitoral .

Vamos a entrevista ::  Na  íntegra 

Vicente Andreu, ex-presidente da ANA na gestão petista, afirma que o Brasil sabe como fazer o processo e não precisa de Israel para isso
Gabriel Hirabahasi
05/01/2019 - 17:15 / Atualizado em 07/01/2019 - 13:20


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou que buscaria junto a Israel uma técnica de dessalinizar água para abastecer as regiões mais secas do Nordeste brasileiro. Para o ex-presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu, a proposta reflete um "desconhecimento da realidade brasileira". Andreu foi secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano em 2009 e 2010, período em que ficou à frente do programa Água Doce, do Ministério do Meio Ambiente, responsável por processos de dessalinização em nove estados, principalmente no Nordeste. Ele explica que os processos realizados no Brasil e em Israel são diferentes. No Brasil, é feito a partir de água salobra e voltado a comunidades dispersas e em quantidades menores. Em Israel, a água é dessalinizada a partir do próprio mar, o que torna possível a produção em grande escala, mas com custo muito elevado. "O custo para tirar essa água de poços profundos, levar essa água e tratar essa água [para irrigação] torna completamente inviável", afirma. Ele diz que dessalinizar água do mar e transportar para irrigação no interior do semi-árido também seria inviável. A seguir, trechos da entrevista de Vicente Andreu a ÉPOCA:

ÉPOCA - Já há tecnologia de dessalinização no Brasil?

Vicente Andreu - O Brasil já tem vários tipos de dessalinização de água salobra. O que conta nesse aspecto é se o Brasil precisa importar tecnologia. O processo atual é feito por uma membrana e uma osmose reversa. Essas membranas são importadas e patenteadas, mas Israel nem é o principal vendedor. Quando fui secretário, no começo de 2010, havia uma quantidade de poços em que o problema não era a tecnologia, mas a manutenção desses equipamentos. O programa Água Doce é desenvolvido fundamentalmente pela Embrapa e ampliado pelo Ministério do Meio Ambiente. A Embrapa acrescentou ao processo de dessalinização o aproveitamento do rejeito. Todo ele vai para tanques onde são criados peixes. O rejeito dos peixes também é utilizado para a criação de uma planta, a erva sal [ Atriplex nummularia ], que possibilita também ter forragem para caprino. O Ministério do Meio Ambiente garantia a tecnologia social para a implementação dessas obras de tal forma que a prefeitura arcava com esses custos de energia elétrica. A própria prefeitura também aproveitava a produção de peixes para as escolas e também treinamento para quem fosse cuidar do equipamento. Não é simples organizar uma comunidade para que ela tenha essa quantidade fixa de água e use essa água corretamente. Esse programa tinha altos e baixos. Muitas vezes tinha recursos, muitas vezes eles eram contingenciados. A dessalinização está longe de ser uma grande novidade no Brasil, porque o programa já existe desde 2004 e essa é uma questão histórica.

ÉPOCA - O presidente Jair Bolsonaro utilizou essa proposta de buscar tecnologia de Israel como inovação para o Nordeste. Ainda há uma demanda no sertão, e localidades em que a água não chega em uma quantidade ideal. Por que, mesmo com essa tecnologia, isso ainda acontece?

Vicente Andreu - É uma questão muito complexa. E essa tecnologia é para pequenas comunidades. É para comunidades distantes. Assim como as cisternas, são soluções para pequenas comunidades. Para questões de subsistência. Isso não responde à questão de água para produção agrícola. Para resolver o problema do semiárido, acho que a transposição do São Francisco tem um peso importantíssimo, assim como a mudança de consumo das cidades do semi-árido. Ainda tem um grande número de cidades fazendo captação de águas nos cursos da água, e eles secam, agravando o problema. Precisa fazer ampliação no processo de captação de água nas adutoras. Os municípios não podem mais captar água dos rios, mas de adutoras e reservatórios, que têm vida muito mais longa de garantia hídrica. Outro problema é a falta de tratamento de esgoto, utilização de fertilizantes. Há toda uma política articulada que precisa ser desenvolvida. A dessalinização na costa [de água do mar] tem um caráter de grande porte. No semi-árido, tem um caráter de pequeno porte. A dessalinização nesse caso acaba cumprindo um papel estratégico.

ÉPOCA - Atualmente só temos tecnologia aplicada para comunidades de pequeno porte?

Vicente Andreu - Sim, toda a tecnologia é para pequenas comunidades dispersas. Para a dessalinização de grande porte, vamos chamar assim, teria de ser água do mar. No Ceará, há uma termelétrica associada à dessalinização. No caso brasileiro, a dessalinização tem outra proporção. Não dá para comparar com o caso de Israel. São comparações em escalas absolutamente diferentes, seja do ponto de vista da economia, seja do ponto de vista da área territorial. A dessalinização de água do mar é um caminho pelo qual o Brasil vai avançar, como outros países já avançaram, e outro caminho é de tecnologia para o semi-árido em pequenas comunidades, a 400 ou 500 quilômetros.

ÉPOCA - Esse discurso de um processo de grande escala para atender o interior do Nordeste e fornecer água para irrigação de plantações é fantasioso?

Vicente Andreu - É o desconhecimento completo da nossa realidade. O custo para tirar essa água de poços profundos, levar essa água e tratar essa água torna completamente inviável. Agora, para a segurança das pessoas, com certeza é fundamental. O problema é muito menos de tecnologia científica e muito mais do arranjo social para aplicar e manter as unidades em funcionamento.

ÉPOCA - Seria possível fazer irrigação com água dessalinizada do mar?

Vicente Andreu - Isso é uma questão de quais são as opções. Há uma utilização da água dos rios para a agricultura, o que desabastece as cidades. O que faz sentido é aumentar a segurança hídrica das cidades litorâneas através do reuso. Levar essa água para irrigação tem um custo muito alto. O produto tem que ter um altíssimo custo agregado para isso fazer sentido. O que faria sentido é usar a água do rio para a irrigação. Essa água poderia faltar nas cidades, que normalmente estão nas costas, e, pela dessalinização, pode ter um processo complementar que aumente a segurança hídrica das cidades. E, se houver um agravamento, aí fazer dessalinização da água do mar. O cenário é muito diferente da quantidade de chuvas que tem em Israel, que é mais seco que o nosso semi-árido.

Para não  nos acusarem  de plágio e nem de contexto que gera pretexto  vamos ver  o que  o portal GGN publicou  na íntegra.A reportagem saiu no  dia 30/12/2018, segue na íntegra.


Programa de dessalinização de Bolsonaro pode acabar em privatização da água

Alerta é da reportagem de Cida de Oliveira, da RBA: empresas farão a distribuição e depois mandarão a fatura cobrando pelo serviço prestado.

Água de graça  nunca existiu , até isso o PT cobrava  dos nordestinos pelo voto. Gazeta Central blog

Vamos a matéria :

Leiam o que  a GGN publicou


RBA
Projeto de dessalinização de Bolsonaro abre caminho para privatização da água
O semiárido é 50 vezes maior que Israel. Levar água do mar dessalinizada para toda a população significa elevar ainda mais o custo da tecnologia cara e nada sustentável. Quem vai pagar a conta?
Por Cida de Oliveira, da RBA
São Paulo – O projeto do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de mandar seu ministro astronauta Marcos Pontes a Israel, para se encontrar com empresários do setor de dessalinização, pode esconder outros objetivos além da oferta de água do mar tratada na torneira do povo do sertão. Entre eles, beneficiar empresas que instalarão usinas dessalinizadoras, farão a distribuição e depois mandarão a fatura cobrando pelo serviço prestado.
A desconfiança é do sociólogo Antônio Barbosa, um dos coordenadores da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) – rede que defende, dissemina e implementa políticas de convivência com a região da seca em parceria com governos. É formada por mais de 3 mil organizações, como sindicatos rurais, associações de agricultores e cooperativas que lutam pelos direitos das comunidades locais.
“É a privatização da água, com certeza. Que chegaria muito cara, porque para além do processo de dessalinizar, é preciso o processo de transporte para levar a água às casas e à agricultura familiar, que está espalhada por todo o semiárido”, avalia.
Apesar de ser uma alternativa para suprir o consumo humano, animal e a irrigação agrícola em países do Oriente Médio, norte da África e algumas ilhas do Caribe, a dessalinização de água marinha é considerada inviável em áreas mais pobres pela Organização das Nações Unidas.
A ONU considera o fato de que as populações a serem atendidas geralmente estão muito distantes da usina. Com isso, além da energia empregada no processo em si, há grande demanda também para a distribuição, já que são necessários equipamentos para o bombeamento para as tubulações. 
E como essas usinas geralmente utilizam fontes de energia fósseis, que contribuem para o aquecimento global, acabam sendo um mal negócio tanto do ponto de vista econômico como ambiental. Tanto que a ONU e a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) recomendam a o uso de energia solar, eólica e geotérmica tornar a dessalinização mais barata e sustentável.
“Há ainda um conjunto de limitações da tecnologia, como o rejeito do processamento. O que fazer com o sal retirado?”, questiona Barbosa. Se fosse implementada no Brasil, seriam necessárias várias usinas para dar conta do abastecimento. O sertão nordestino tem uma área 50 vezes maior que o estado de Israel. Corresponde ao tamanho da França e Alemanha juntas.
O tamanho do mercado anima o empresariado israelense, que domina a tecnologia mundial de dessalinização. Não é à toa que mais de dez empresas do setor marcaram presença no 8º Fórum Mundial da Água, realizado em março, em Brasília. Um pavilhão inteiro foi montado para a exposição de produtos, serviços e equipamentos.
E na agenda do evento, que reuniu políticos, gestores e organizações, estavam muitos diálogos bilaterais que agora ganham mais espaço o presidente que deverá tomar posse em 1º de janeiro. Em 2016, quando esteve naquele país para ser batizado no rio Jordão pelo pastor Everaldo, acusado de ser beneficiado pela Odebrecht, aproveitou para se reunir com representantes do governo. 
Interesses
Tão importante quanto os interesses comerciais e geopolíticos entre os dois países é o equívoco de políticas distantes da realidade local, avalia o coordenador de programas da ASA destaca . “A maioria dos políticos não conhece o Semiárido. Chegam com suas ideias, defendem, querem mudar tudo. Mas é preciso olhar para o Nordeste como parte do país, e não como uma região pobre, que precisa ser ajudada. Mas também não pode ser explorada em benefício de qualquer empresa, seja daqui ou de Israel”, disse. 
Em tempos de retrocessos, o retorno da nefasta indústria da seca é uma ameaça às conquistas obtidas pela população do semiárido. “Nos últimos 18 anos nós conseguimos mudar toda a lógica da água após mais de 500 anos. Pela primeira vez se acertou com uma política simples, barata e eficiente que é a construção de cisternas para armazenar água da chuva para uso na época da seca”.
Barbosa se refere ao Programa 1 milhão de Cisternas (P1MC), implementado em 2001. Criado por organizações da sociedade civil em 1999, foi apresentado ao governo FHC, que construiu 17 mil cisternas em um projeto piloto. A partir de 2003, com a assinatura de convênio com os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foram construídas 1,2 mil em mais de 1.200 municípios, beneficiando 5 milhões de pessoas.
Ao custo de R$ 2.500 a R$ 3 mil, cada cisterna tem capacidade de 16 mil litros e é suficiente para abastecer uma família durante o período seco. A água da chuva é captada por uma tubulação conectada ao telhado da casa. Com a tecnologia simples, as famílias não precisam caminhar quilômetros para buscar água nos grandes açudes, geralmente construídos dentro de fazendas particulares. 
Enquanto a seca de 1982 matou 1 milhão de pessoas, a maioria crianças com menos de 1 ano, a estiagem que durou de 2012 a 2017 não fez nenhuma vítima fatal. O programa já recebeu diversos prêmios. Entre eles, o Prêmio Prata de Política para o Futuro, em 2017. Considerado o Oscar internacional para as melhores políticas, é concedido pelo World Future Council (WFC), em cooperação com a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).
No entanto, falta ainda construir 350 mil cisternas, uma para cada família. Isso significa que 1 milhão e 750 mil pessoas não tem água água potável perto de casa. Outra demanda reprimida é por água para os animais e a agricultura de subsistência. Outras 800 mil família necessitam de um segundo reservatório, para guardar água para produzir alimentos e criar animais. 
“A política hídrica para nós não é uma questão meramente social, assistencial. É de desenvolvimento econômico e social. Estamos falando de produção de alimentos, autonomia. E isso está em jogo. O que queremos de Israel é a lógica da divisão da terra, do trabalho coletivo e de investimento em tecnologia local. Não usinas de dessalinização”.
Cooperação
Um dos maiores especialistas em gerenciamento de recursos hídricos do país, o ecólogo José Galizia Tundisi considera que há tecnologia desenvolvida no Brasil e cientistas de altíssimo nível estudando projetos de retirada de sais da água marinha, tornando-a potável. Quando presidiu o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no governo FHC, chegou a apoiar programas de dessalinização de água salobra superficial em pequenos povoados, entre eles o da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
No entanto, acredita também que é preciso incentivar a cooperação científica e tecnológica com países avançados no tema, como no caso, Israel. “Acho que não tem nada demais uma aproximação para desenvolver tecnologia, considerando que ela pode ser absorvida para aperfeiçoar a nossa. Tenho certeza de que os israelenses têm tecnologia que nós não temos tanto em dessalinização como em outras áreas de exploração hídrica. Então não vejo prejuízo”.
Para Tundisi, as críticas quanto às diferenças entre o sertão brasileiro e o deserto israelense, por exemplo, que dispensaria a tecnologia estrangeira, têm de ser repensadas. “Quando se tem uma tecnologia desenvolvida, é possível adaptar. Isso não é razão para deixar de conhecer mais a tecnologia que pode vir a aperfeiçoar as que já desenvolvemos. O Nordeste brasileiro tem lagos com água salobra, águas subterrâneas salinas, que precisam ser dessalinizadas com tecnologias apropriadas”.
No entanto, toda essa gama de tecnologia que pode vir a ser compartilhada tem de ser convertida em um projeto para sua aplicação. E aí, segundo ele, podem até entrar parceiros da iniciativa privada. “Isso pode permitir a instalação de uma planta de dessalinização maior em Recife, por exemplo, que tem problemas de abastecimento recorrentes. Ou a implementação de projetos para pequenas comunidades no interior, que carecem de tecnologia efetivas para tratar água subterrânea ou água salobra de lagos, a baixo custo”.
Presidente do Instituto Internacional de Ecologia, que desenvolve pesquisas e programas de formação em recursos hídricos, Tundisi não acredita que empresas brasileiras, como a Embrapa, além de universidades, já tenham desenvolvido processos de dessalinização para aplicação em grande escala. O que se tem são projetos de menor alcance ou experimentais.
Há ainda programas para a dessalinização da águas salobras subterrâneas ou de – não da água do mar. O principal é Água Doce (PAD), lançado em 2004 pelo Ministério do Meio Ambiente (assista vídeo no final da reportagem). Em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil, articula cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e gestão de fontes de água salinas e salobras.
No entanto, Tundisi considera insuficientes. “Precisamos expandir a conversação e troca de ideias entre cientistas para expandir a nossa capacidade de projetar e produzir nossas próprias plantas dessalinizadoras. Assim poderemos acelerar a solução dos problemas e ampliar as perspectivas”.


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