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RENATO PEREIRA DOS SANTOS FILHO Experiência 1988 Fotógrafo Diário de Guarulhos 1989 Entrevistador Jornal da Liga Árabe de Guarulhos 1990 Entrevistador Jornal do Brás e Federação do Truco Estado de São Paulo 1992 Redator, Fotografo da Gazeta Central de Publicidade e Jornalismo Ltda 1995 - 2.000 Professor Secretária do Estado de São Paulo PEB II 2.001 Arquivista Escritório Doutor Cornélio José Silva 2007 Auxiliar de Escritório Doutor Cornélio José Silva 2009 Arquivista Escritório Jose Maria Zey 2010 - 2012 Escritório do Doutor Cornélio José Silva 2013 -atual Blogueiro Escolaridade • Escola Estadual Professor Cyro Barreiros • Escola Estadual Salim Mudeh • Escola estadual romano Puggiari • Universidade Mogi as Cruzes ( Jornalismo Incompleto 1995) • Universidade Ung Letras ( Incompleto) • Uninove Vergueiro Ciência Jurídica ( trancado) • • Cursos com certificados OAB Certificado do curso/palestra Jurídicas 13 de julho 2005 OAB CERTIFICADO DO CURSO/PALESTRA A POLICIA JUDICIÁRIA NO ESTADO DEMOCRÁTICO E O INQUÉRITO POLICIAL À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SETEMVRO 2005 TELECENTRO PREFEITURA DE SÃO PAULO CERTIFICADO E CURSO DE INTRODUÇÃO À HTML E OUTRAS LINGUAGENS DE COMPUTAÇÃO DEZEMBRO DE 2005 OAB CERTIFICADO/CURSO INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO CÓDIGO DE DESESA DO CONSUMIDOR MAIO DE 2006 OAB CURSO E CERTIFICADO LOCAL DE CRIME O CADÁVER, A FAUNA CADAVÉRICA E A PERÍCIA JUNHO DE 2008 ACADEMIA INTERNACIONAL DE DIREITO E ECONOMIA SETEMBRO 2008 CENTRAL DE CURSO DE RECOLOCAÇÃO E MARKETING ADMINISTRAÇÃO PROFISSIONAL DEZEMBRO DE 2008 IBCCRIM RESPONSABILIDADE PENAL NOS CRIMES DA DITATURA MILITAR 2008 USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEZEMBRO DE 2008 60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS CIEE PERSPESCTIVAS DO S ETOR DE HABITAÇÃO 2009 EAD FUG CURSO DE FORMAÇÃO POLITICA 2010 CURSO DE PROFESSOR E A CRITIVIDADE IPC GUARULHOS 2016 FACULDADE FIA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS CENARIOS 20/25 FEVEREIRO 2020 CURSO DE PORTEIRO CB0 5174-10 2020 CURSO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA/MISSIOLOGIA/HISTÓRICO DA IGREJA/SERMÃO/LITURGIA DE CULTO 2020 - 2021 INSTITUO BÍBLICO DA 1.ª IGREJA PRESBITERIANA CONSERVADORA DE GUARULHOS DESCRIÇÃO DOS CURSOS: Calculo trabalhistas Cálculo da Previdência Contratos Petições Iniciais ( civil trabalhista Criminal e Previdenciária) Todos administrados pelo Dr. Cornélio José Silva e supervisionados Gestão de Conflitos Pessoais e marketing administrados por Dr. Cornélio Na área de Jornalismo marketing A Importância do marketing Orientação da empresa para o mercado, Conceitos, tendências e tarefas fundamentais de marketing , análise Swot, sistema de marketing de pesquisa Liderança para às seguintes áreas profissional: Jornalismo/Publicidade, Advocacia /Politica Liderança e produtividade a função utilização em Administração e recursos Humanos para todas às área dentro de seus conceitos e preceitos objetivos críticos construtivos ou não. Desafios para a Gestão de Pessoas Gestão de qualidade os desafios atuais da gestão da advocacia e jornalismo para qualidade total

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quinta-feira, 24 de março de 2016

AOS JORNAIS INTERNACIONAIS DILMA APRESENTA CONFIANÇA CRITICOU SEUS OPOSITORES E QUE IMPEACHMENT NÃO TEM FUNDAMENTOS LEGAIS

Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff procurou demonstrar confiança em entrevista a seis jornais estrangeiros, hoje (14), em Brasília, diante da crise política que o país enfrenta. Dilma falou com jornalistas do The New York Times (Estados Unidos), El País (Espanha), The Guardian (Inglaterra), Pagina 12 (Argentina), Le Monde (França) e Die Zeit (Alemanha).
Jornais como britânico The Guardian e o americano New York Times destacam os comentários de Dilma sobre o processo de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados, as críticas a seus opositores e o tom desafiador dela diante dos pedidos de renúncia. Aos jornalistas estrangeiros, ela disse que o pedido de afastamento em curso “não tem fundamentos legais”.
Esta, aliás, é a terceira vez nas duas últimas semanas que Dilma afirma que não renunciará. No dia 11, a dois dias das manifestações de grupos contrários ao governo realizadas em todo o país, em pronunciamento após reunião com reitores dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Palácio do Planalto, ela fez a afirmação que ninguém tem o direito de pedir a renúncia de um mandatário sem provar que ele feriu a Constituição. E, nesta semana, no último dia 22, em encontro com juristas, ela discursou defendendo o próprio mandato, assegurando que jamais renunciará e que qualquer tentativa de afastá-la configura golpe.
Segundo os jornais estrangeiros, Dilma criticou fortemente o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por aceitar o pedido de impeachment contra ela, e lembrou que ele está envolvido em várias denúncias de corrupção. Questionada se aceitará a decisão do Congresso se for pela cassação do mandato, ela disse que “apelará com todos os métodos legais possíveis”.
A presidenta também acusou a oposição de não aceitar o resultado eleitoral de 2014 e de apostar na estratégia do “quanto pior, melhor” para o país. O The Guardian cita a alegação de Dilma de que Cunha e os oposicionistas têm sabotado a agenda legislativa do governo e incitado o país. “Nós nunca vimos tanta intolerância no Brasil. Nós não somos um povo intolerante”, disse a presidenta sobre os protestos, afirmando que menos de 2% da população brasileira foram às ruas e que parte de seus oponentes usa “métodos fascistas” para atacá-la.
O espanhol El País destaca não só que a presidenta disse ser o processo de impeachment “alto muito fraco”, mas também que ela acusa o presidente da Câmara dos Deputados de ter tentado barganhar o andamento do processo de afastamento com o apoio do governo contra o possível processo de cassação que ele pode enfrentar no Conselho de Ética, devido à constatação de que ele tem movimentações em contas na Suíça. “Digo a vocês como esse processo surge: o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para evitar que a Câmara o investigasse, quis negociar com o governo. Se nós não votássemos contra essa investigação, ele punha o processo em curso. Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal porque encontraram cinco contas na Suíça. Não sou eu quem digo, quem diz é o Ministério Público Federal”.
Tanto o The Guardian como o El País destacam o que Dilma Rousseff respondeu sobre os pedidos de renúncia que manifestantes contrários ao governo e a oposição, na Câmara, têm feito. “A oposição me pede que eu renuncie. Por que? Porque sou uma mulher frágil? Não, não sou uma mulher frágil. Minha vida não foi isso. Pedem que eu renuncie para evitar a pecha de ter colocado em curso, de forma ilegal, indevida e criminosa, o processo de afastamento a uma presidenta eleita. Pensam que devo estar muito afetada, que devo estar completamente desestruturada, muito presionada. Mas não estou assim, não sou assim. Tive uma vida muito complicada para não ser capaz agora de lutar pela democracia do meu país. Aos 19 anos fui à prisão, na ditadura, e não era uma prisão fácil. Era muito dura. Eu lutei em condições muito difíceis. Ou seja, não vou renunciar, claro que não”.
O americano New York Times explica que, além do impeachment na Câmara dos Deputados, a presidenta e o vice-presidente, Michel Temer, sofrem processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode determinar a cassação dos mandatos de ambos caso se confirme receberam dinheiro ilegal do esquema de corrupção da Petrobras em suas campanhas de 2010 e 2014. Isso pode, lembra o jornal, abrir caminho para novas eleições no Brasil.
A relação de Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a nomeação dele para ministro-chefe da Casa Civil também foram assunto da entrevista, que durou cerca de uma hora e meia, segundo os jornais. O New York Times lembra que Lula e o estrategista de campanha de Dilma, João Santana, estão envolvidos nos escândalos que assolam o país, mas ressalta que a presidenta defendeu o ex-presidente, a quem chamou de “parceiro”.
Segundo o jornal americano, a nomeação de Lula foi justificada pelo talento político dele e sua grande capacidade de articulação em um momento em que o governo está sob forte tensão. Ela negou que tenha havido uma tentativa de proteger o ex-presidente com a nomeação e argumentou que ele continuaria respondendo à Justiça se fosse ministro, porém, ao Supremo Tribunal Federal.
A presidenta ainda disse, segundo o New York Times, que não é agradável o momento que está passando, mas que apesar disso não é uma “pessoa depressiva”. “Eu durmo bem a noite toda”, afirmou Dilma aos jornais estrangeiros.
Após a entrevista no Palácio do Planalto, a presidenta passou pelo Alvorada e depois embarcou para Porto Alegre, onde passará o feriado de Páscoa.

Na entrevista a BBC Ex-assessor da Casa Branca diz que Lava Jato precisará de ponto final: 'Será necessário perdoar os que erraram'


  • Há 9 horas
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ReutersImage copyrightReuters
Image captionPoliciais voltam para sede da Polícia Federal após investigação em prédio da Odebrecht
Os mesmos argumentos legais que levaram os Estados Unidos a punir dirigentes da Fifa por atos de corrupção praticados em outros países deverão ser usados pelo governo americano para processar empresas brasileiras condenadas na Operação Lava Jato, diz o ex-assessor da Casa Branca Joel Velasco.
Em entrevista à BBC Brasil, Velasco - que trabalhou com o ex-vice-presidente Al Gore e serviu como conselheiro sênior na embaixada americana no Brasil no governo Bill Clinton - afirma que a operação brasileira representa um caso sem precedentes para autoridades dos Estados Unidos.
Procuradores brasileiros e americanos têm trocado informações sobre a Lava Jato há algum tempo e, por enquanto, sabe-se que o Departamento de Justiça dos EUA investiga o papel da Petrobras no escândalo.
Mas Velasco também defende um ponto polêmico: que, em algum momento, coloque-se um "ponto final" nas investigações da Lava Jato.
"Assim como no fim da ditadura tivemos de reconhecer os erros, prometer nunca mais repeti-los e perdoar os que erraram, no caso da Lava Jato isso vai ser necessário. De chegar num momento em que se diga que investigamos o que deu, que certamente houve outros erros, mas que os maiores culpados estão pagando e é importante que o Brasil comece uma nova fase."
Arquivo pessoalImage copyrightArquivo Pessoal
Image captionEx-assessor da Casa Branca, Joel Velasco diz que nos EUA há uma "decepção enorme" com o que está acontecendo no Brasil
Para Velasco, é questão de tempo até que as autoridades americanas batam à porta de todas as subsidiárias da petrolífera e construtoras implicadas no caso. Dezenas de empresas estão envolvidas na operação, entre as quais algumas das maiores empreiteiras brasileiras. Várias delas já tiveram dirigentes presos e condenados pela Justiça no Brasil.
O Foreign Corruption Practices Act (legislação nos EUA que trata da corrupção de empresas no exterior) e outras leis permitem ao governo americano processar qualquer companhia estrangeira por atos de corrupção executados fora dos Estados Unidos, desde que a empresa tenha algum vínculo - ainda que mínimo - com o país.
A condição, segundo Velasco, se aplica a quase todas as companhias denunciadas na Lava Jato. As investigações, diz ele, deverão render às empresas multas altíssimas nos Estados Unidos, além das que, eventualmente, sejam condenadas a pagar no Brasil.
Nascido nos EUA, Velasco é filho de brasileiros e passou boa parte da juventude no Brasil. Hoje ele é vice-presidente do Albright Stonebridge Group, uma consultoria baseada em Washington.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil - Como a Casa Branca está encarando a crise no Brasil?
Joel Velasco - Não posso falar pela Casa Branca, mas diria que há uma decepção enorme com o que está acontecendo no Brasil. Os EUA enxergam o Brasil como um grande aliado, um país que pelo menos nas últimas décadas era percebido como um líder emergente.
Hoje essa posição está questionada, e o Brasil é menos reconhecido por sua legitimidade moral e ética. O governo pode cair nas próximas semanas ou meses, mas juntar esses pedaços e reconstruir a credibilidade do Brasil vai levar anos.
Image copyrightBBC World Service
Image captionPróximo presidente terá que enfrentar presença das empresas da Lava Jato nos EUA, diz Velasco
BBC Brasil - Como a crise afeta a relação entre Brasil e Estados Unidos?
Velasco - Uma das grandes dificuldades que vai ficar para o próximo presidente americano é o fato de que quase todas as empresas brasileiras envolvidas com corrupção na Lava Jato têm ações, investimentos ou, no mínimo, negócios aqui nos EUA.
O Departamento de Justiça americano e a comissão de valores mobiliários dos EUA, estão investigando essas empresas e devem lhes propor multas absurdas em termos de valores. Até hoje, acho que a maior multa já dada nos EUA para um caso de corrupção fora do país foi de cerca de US$ 800 milhões. É bem possível que as multas que serão aplicadas sobre empresas brasileiras, no topo da lista a Petrobras, serão duas vezes maiores.
Em alguns desses casos a questão será delicada, porque há empresas quase estatais. E nesses casos valerá o doa a quem doer.
O novo presidente ou presidenta dos EUA, já com todas as dificuldades para lidar com o Brasil, terá de ligar para o presidente brasileiro e dizer: "Tenho uma péssima notícia: uma de suas empresas terá de pagar um bilhão de dólares em multa ou será levada à Justiça aqui e pagará bem mais". Como um presidente no Brasil vai engolir que a Petrobras, que já está cheia de dívidas, pague mais uma multa?
BBC Brasil - Isso se aplica a todas as empresas brasileiras condenadas na Lava Jato?
Velaso - Qualquer uma das construtoras e qualquer uma das subsidiárias da Petrobras. O caso da Fifa deixou bem claro. Quem liderou grande parte das investigações sobre a corrupção na organização foi o governo americano, simplesmente porque o dinheiro da Fifa estava passando por contas americanas.
Qualquer dessas empresas brasileiras que fez negócios em dólar, usou contas nos EUA, tem escritório de representação no país pode ser acionada. Não precisa nem ter ações em bolsa aqui.
Segundo a legislação americana, essas questões podem levar certos executivos à cadeia se não houver um acordo. É um megaproblema, e quem acompanha isso nos EUA sabe que vai acontecer. Mas acho que no Brasil ainda não caiu a ficha.
BBC Brasil - Como funcionam esses procedimentos?
Velasco - Após investigações internas do governo americano, eles vão procurar as empresas e perguntar: "você quer que a gente entre num tribunal e conte tudo o que descobriu de vocês, com a possibilidade de cadeia?". Normalmente as empresas propõem um acerto e pagam multa. A outra opção é para lá de dramática. Se deixam a decisão na mão de um juiz, ninguém sabe o que pode acontecer.
É um capítulo que ainda será escrito. Desconheço outro caso tão complexo como este (baseado na Foreign Corruption Practices Act), envolvendo um país tão grande como o Brasil.
BBC Brasil - Qual a melhor solução para a crise no Brasil?
Velasco - Dentre os cenários possíveis, acho que impeachment seria o mais desejável. Mas em qualquer cenário surge a questão: como ficam as investigações? Acho importante as investigações continuarem, mas também reconheço que em algum momento a gente precise pôr um ponto final nessa história.
Assim como no fim da ditadura tivemos de reconhecer os erros, prometer nunca mais repeti-los e perdoar os que erraram, no caso da Lava Jato isso vai ser necessário. De chegar num momento em que se diga que investigamos o que deu, que certamente houve outros erros, mas que os maiores culpados estão pagando e é importante que o Brasil comece uma nova fase.
Num cenário com um novo governo, seja quem for o presidente, possivelmente daqui a dois anos, o Brasil vai ter que ser governado por um pacto nacional. Vai exigir grandeza dos líderes políticos, e parte dessa grandeza vai ser aceitar um perdão.
Todo mundo no Brasil agora faz comparações com Watergate (escândalo que provocou a queda do presidente americano Richard Nixon em 1974). Uma das coisas mais importantes no pós-Watergate foi o fato de que o presidente que assumiu, Gerald Ford, perdoou Nixon e muitas pessoas (nos EUA, o presidente tem o poder de perdoar sentenças). Apesar de no momento ter sido muito impopular, isso foi importante para acalmar os ânimos e fechar o capítulo.
APImage copyrightAP
Image captionSobre comparações com Watergate, americano diz que uma das coisas mais importantes foi o perdão de Ford a Nixon, o que acalmou os ânimos
BBC Brasil - Um arranjo como esse não pode alimentar ainda mais a disputa política? Não dirão que a Lava Jato foi feita para punir alguns partidos e favorecer outros?
Velasco - Não é que o Brasil vá deixar de investigar, mas o Brasil não pode ficar nessa inércia, nesse processo de continuar investigando tanto que o país pare. Em algum momento terá de haver um pacto. O líder que fizer isso vai receber muitas críticas, mas o país aguenta outro governo sem capacidade de governar? Aguenta mais dois anos de investigações?

CASO DO DOUTOR LEANDRO ADVOGADO DE GUARULHOS POLICIA CIVIL INVESTIGA SE O SUSPEITO SE UTILIZOU VEÍCULO PARA PRATICAR O CRIME


renato santos
24/03/2016

A Polícia Civil investiga se o suspeito de assassinar a tiros o advogado criminalista e suplente de vereador Leandro Balcone Pereira (PSB), de 35 anos, em Guarulhos, na Grande São Paulo, utilizou algum veículo para praticar o crime. Em imagens de câmeras de segurança, o homem aparece a pé na Rua Marajó, onde fica o escritório do advogado. A principal suspeita, no entanto, é de que o assassino tenha chegado e fugido da região de carro.



Balcone foi alvo de pelo menos 11 tiros de calibre 380, na manhã de terça-feira, 22, dentro do escritório onde trabalhava. A execução aconteceu por volta das 11h30 e, segundo testemunhas, a ação do assassino foi rápida. A perícia encontrou ferimentos provocados por balas nas mãos do advogado - sinal que a vítima tentou se defender dos disparos. 



O assassino é apontado como um homem branco, com cerca de 50 anos, gordo, calvo, que usava óculos de grau, camisa azul e calça jeans. Segundo uma testemunha ouvida pela polícia, ele se apresentou como cliente e a própria vítima abriu a porta do escritório para o suspeito. Aos policiais, a testemunha afirmou que nunca havia visto o homem frequentar o escritório de Balcone antes do crime.


Saiba mais

  • Advogado que defendia prisão de políticos investigados na Lava-Jato é assassinado dentro de escritório

    Advogado que defendia prisão de políticos investigados na Lava-Jato é assassinado dentro de escritório

Nas imagens de câmeras de segurança, colhidas de dois pontos comerciais da rua, um suspeito com a mesma descrição dada pela testemunha aparece a pé, instantes antes da execução. Os policiais, entretanto, acreditam que o assassino usou um veículo que não teria sido flagrado nas filmagens para chegar próximo ao local e facilitar a fuga. Uma busca foi feita no quarteirão do crime, mas nenhum homem com as características descritas foi encontrado.



A testemunha também reconheceu o suspeito das filmagens como sendo a mesma pessoa que entrou no escritório do advogado. Ele ainda não teve o nome nem a idade correta descoberta pela polícia.



Para a Polícia Civil, a principal suspeita é que o crime tenha sido motivado por desavenças entre o advogado e um cliente. Investigadores da Delegacia de Homicídios de Guarulhos devem ouvir parentes e a noiva da vítima até a próxima quinta-feira, 24, para saber se Balcone foi vítima de ameaças recentemente.



Embora considere uma tese menos provável, os policiais também não descartam uma possível motivação política para o assassinato. O advogado participava de movimentos contrários ao governo Dilma Rousseff (PT).



Nesta semana, Balcone postou nas redes sociais um texto no qual criticava a corrupção e defendia a prisão de políticos denunciados na Operação Lava Jato. Disse também que estava recebendo ameaças por ser criminalista e defender a "prisão do chefe da quadrilha".



Em nota, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), Marcos da Costa, lamentou a morte de Balcone e informou que a instituição vai acompanhar as investigações da Polícia Civil. "Era um jovem que se destacava na liderança da advocacia em Guarulhos", disse. Balcone completaria 36 anos no dia 29 de março.

LAVA JATO DESCOBRIU A MAIOR RELAÇÃO DE POLÍTICOS ,ASSOCIADOS A PAGAMENTOS DE EMPREITEIRA

A Lava Jato encontrou na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, no Rio de Janeiro, a maior relação de políticos (ao menos 279) e partidos (24) associada a pagamentos de uma empreiteira até agora. As buscas fazem parte da 23.ª fase da Lava Jato, a Acarajé, que teve como alvo o casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura que atuaram nas campanhas de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014) e também o executivo da Odebrecht, apontado pelos investigadores como o canal de Marcelo Odebrecht para tratar de doações eleitorais e repasses ilícitos a políticos.



No início da tarde, o juiz federal Sérgio Moro decretou sigilo sobre a superplanilha da Odebrecht que cita dezenas de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da empreiteira. O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se manifeste sobre ‘eventual remessa’ da documentação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Também há inúmeras anotações manuscritas fazendo referência a repasses para políticos e partidos, acertos com outras empresas referentes a obras e até documentos sobre “campeonatos esportivos”, que lembram documentos semelhantes já encontrados na Lava Jato e revelaram a atuação de cartel das empreiteiras em obras na Petrobrás.

Era na Odebrecht Infraestrutura que funcionava o setor de “Operações Estruturadas”, que as investigações revelaram ser o departamento da propina na empresa, no qual funcionários utilizavam um moderno software de gerenciamento de contratos e pagamentos para  fazer a “contabilidade paralela” da empresa, que incluia entregas no Brasil e também transferências em contas no exterior. Diferente das planilhas encontradas naquele setor, contudo, os documentos que estavam na residência de Benedicto não possuem apenas codinomes e senhas para se referir aos destinatários de dinheiro.

OPERAÇÃO LAVA JATO LEIAM AS RESPOSTAS DOS ENVOLVIDOS NA LISTA DA SUPERPLANILHA DA ODEBRECHT SÃO 279 POLÍTICOS E 22 PARTIDOS

COM A PALAVRA, AS DEFESAS
Ex-senador Demóstenes Torres
“Nota de esclarecimento
Em decorrência da publicação de lista de políticos que teriam recebido doações, conforme planilha apreendida recentemente, na qual consta o nome do ex-senador Demóstenes Torres, o advogado Pedro Paulo de Medeiros esclarece:


1) Em setembro de 2010, a campanha eleitoral recebeu duas doações, que totalizaram o valor de R$ 1,2 mi, uma da empresa Leyroz (R$ 960mil) e outra da empresa Praiamar (R$ 240 mil); ambas compõem o Grupo Petrópolis;
2) As doações foram feitas via transferências bancárias e aplicadas conforme a lei na campanha eleitoral de 2010, tanto que a prestação de contas foi aprovada pela Justiça Eleitoral com parecer favorável do Ministério Público Eleitoral.”
Beto Albuquerque. O ex-deputado federal e ex-candidato a vice na chapa presidencial da ex-senadora Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB), na campanha de 2014, divulgou nota na tarde desta quarta-feira, 23, dizendo que toda doação recebida da empreiteira Odebrecht está “devidamente” declarada e afirmou que a generalização nestas circunstâncias “só serve para premiar os verdadeiros criminosos”.
Em sua página no Facebook, o atual vice-presidente de relações governamentais do PSB disse estar apurando os detalhes da data e circunstância da citação de seu nome na planilha de doações de campanha da empreiteira divulgada nesta quarta. “Seja como for, não há nenhuma novidade nisso! Já constaram em algumas prestações de contas eleitorais minhas e do meu partido a doação formal e devidamente declarada da Odebrecht e de outras empresas. Tudo devidamente declarado”, escreveu.
O ex-deputado disse confiar e apoiar os trabalhos da investigação. Ele ressaltou que está seguro que será possível separar “o legal do ilícito e a propina da corrupção da doação formal e legal de campanha”. “Que o juiz Sérgio Moro siga firme em sua jornada e que o MPF, PF, STF e TSE cumpram suas missões constitucionais o mais rápido possível”, finaliza.
Luiz Marinho. O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), também divulgou nota na qual afirma que todas as doações recebidas em suas campanhas constam nas prestações de contas entregues e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Marinho está no seu segundo mandato como prefeito de São Bernardo. Antes, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, chefiou o Ministério do Trabalho e o Ministério da Previdência Social. Ele também já foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Jarbas Vasconcelos Filho. Candidato a vereador do Recife em 2012, Jarbas Filho (PMDB), filho do deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), disse em nota que todas as doações que recebeu em sua campanha foram declaradas e aprovadas. As planilhas apreendidas citam Jarbas Filho e atribuem a ele o apelido de “Viagra”, além de citar valor 100, que seriam referentes a R$ 100 mil.
“Todas as doações de campanha que recebi em 2012, quando tentei uma vaga para Câmara de Vereadores do Recife, foram declaradas e aprovadas. Dentro dessa prestação existem doações de empresas privadas, pessoas físicas e dos diretórios estadual e nacional do PMDB, meu partido. Tudo formalizado, seguindo as orientações legais e disponibilizado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, afirmou Jarbas Filho em nota.
Bruno Araújo. O ex-líder da oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), disse nesta quarta-feira que as citações a seu nome na lista são referentes às campanhas eleitorais de 2010 e 2012.
Segundo ele, os valores de 2010 foram doados a sua conta de campanha para deputado federal. Já as de 2012, disse, são referentes a valores recebidos por seu partido e repassados “oficialmente” a candidaturas a prefeito em Pernambuco.

Bruno Araújo destacou que o próprio juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância, ressaltou que a lista apresentada também traz no seu bojo diversas doações eleitorais registradas. “É o nosso caso”, afirmou.
O parlamentar tucano seguiu o discurso do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG) – que também publicou nota esta quarta – e disse que é preciso, “com serenidade”, “separar o joio do trigo”. Araújo não mencionou, contudo, quem especificamente é o joio e o trigo na lista.
Roberto Pupin. O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) afirmou em nota que a campanha de 2012 do prefeito de Maringá (PR), Roberto Pupin (PP), seu aliado político, não recebeu “doação direta” de empresas do grupo Odebrecht.
O nome de Barros aparece ao lado do nome “Maringá”, em referência à campanha de Pupin de 2012.
“Em relação a planilha da página 21 que aponta a indicação de recursos no valor de R$ 100 mil para a campanha eleitoral de Maringá em 2012, Ricardo Barros esclarece que a campanha do prefeito Roberto Pupin não recebeu doação direta de empresas do Grupo Odebrecht”, rebateu, em nota.

Barros informou que todas as doações para Pupin foram “legais” e que a prestação de contas de campanha foi aprovada pela Justiça Eleitoral. Ele disse também que está “verificando” nas prestações de contas se a suposta doação de R$ 100 mil da Odebrecht foi realizada aos diretórios estadual e nacional do PP.
Nelson Pelegrino. O deputado federal licenciado Nelson Pelegrino (PT-BA) afirma, em nota, que as doações recebidas pela empreiteira para campanhas eleitorais aconteceram “rigorosamente dentro dos parâmetros legais”.
Pelegrino disse ainda que as doações foram declaradas ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), que, segundo ele, analisou e aprovou as contas. O deputado, eleito para um quinto mandato em 2014, licenciou-se do cargo para, no início de 2015, tomar posse como secretário de Turismo da Bahia, no governo de Rui Costa, também do PT. Na lista da Odebrecht, o deputado licenciado é apelidado de “Pele”.
Geraldo Júlio. Também em nota, o prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB), afirma que todas as doações recebidas em sua campanha eleitoral de 2012 obedeceram “rigorosamente” à legislação eleitoral. “A prestação de contas da campanha foi apresentada à Justiça Eleitoral e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (de Pernambuco)”, diz.
Ratinho Júnior. O atual secretário estadual de Desenvolvimento Urbano do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) disse que todas as doações recebidas em campanhas eleitorais foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Ratinho, que foi candidato à Prefeitura de Curitiba, usou sua página no Facebook para se manifestar. “Quero ressaltar que estou de acordo e apoio, incondicionalmente, as investigações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e da Justiça. Além disso, sou a favor que sejam julgados e punidos todos os partidos e candidatos que, eventualmente, tenham recebido doações ilegais”, escreveu.
Celso Russomanno. O deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP) está em viagem oficial no Japão. A assessoria de imprensa do parlamentar, que pretende se lançar novamente candidato à Prefeitura de São Paulo, também declarou que todas as doações recebidas por Russomanno foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.
Patrus Ananias. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, afirma que todas as doações à sua campanha eleitoral de 2012, para prefeito de Belo Horizonte, foram recebidas por meio das instâncias partidárias e que as contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. O posicionamento de Ananias foi publicado em sua página na rede social Facebook. Na mensagem, o ministro, que é filiado ao PT, também reforçou que é contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais.
José Fortunati. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, confirmou que sua campanha à reeleição em 2012 recebeu da Odebrecht uma doação de R$ 500 mil. Segundo ele, no entanto, o aporte se deu por intermédio do diretório nacional do PDT.
Logo após ser informado da existência das planilhas, quando participava de um evento na capital gaúcha, Fortunati chegou a dizer que não tinha conhecimento de nenhum financiamento de campanha proveniente da Odebrecht. Mais tarde, porém, ele emitiu um comunicado reconhecendo que houve repasse de recursos no valor de R$ 500 mil, por meio do diretório nacional.
“A doação feita pela empresa Odebrecht, de acordo com as normas eleitorais, foi realizada para a Direção Nacional do PDT que fez o repasse para a minha campanha eleitoral da Prefeitura de Porto Alegre. É importante observar que o montante faz parte, tanto da prestação de Contas do PDT Nacional, como também da prestação de Contas da minha Campanha para a Prefeitura (dia 11/10/2012), que foi devidamente aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Também é necessário destacar que a Empresa Odebrecht não teve e não tem qualquer obra na cidade de Porto Alegre (antes ou depois do processo eleitoral)”, diz o texto.
Daniel Almeida. O líder do PC do B na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida (BA), confirmou ter recebido doações legais do grupo Odebrecht nas eleições de 2014. No campo da tabela “valor total”, ao lado do nome de Almeida, consta R$ 150,00. Como todos os outros valores do documento, a quantia deve ser multiplicada por mil, chegando a R$ 150 mil em repasses. “Todas as doações da minha campanha foram legais e estão na prestação de contas. Fora disso, é especulação”, comunicou o parlamentar. Alguns políticos receberam apelidos curiosos, o de Almeida foi “comuna”.
Manuela d’Ávila. Já a deputada estadual Manuela d’Ávila (PC do B-RS) foi apelidada de “avião”. Manuela afirmou que não recebeu doação de nenhuma empresa do grupo Odebrecht para a sua candidatura de 2012, contudo admitiu ter recebido contribuições lícitas de outras empresas em todas as suas campanhas. Ao lado do nome da deputada, aparece o valor de R$ 300 mil. “Todas as prestações de contas foram aprovadas”, assegurou.
Manuela disse ainda que vai requerer judicialmente acesso à documentação. “Especulo que a Odebrecht, munida das pesquisas de opinião, fez projeções de contribuições a minha candidatura a partir de meu favoritismo pré-eleitoral. Com a queda vertiginosa que tive nas pesquisas (fui derrotada no primeiro turno das eleições), tais doações não aconteceram.” A deputada também se defende afirmando que encerrou a campanha endividada.
Marcio Lacerda. O diretório municipal de Belo Horizonte do PSB afirmou, em nota, que todas as doações recebidas para a campanha de 2012 do prefeito Marcio Lacerda obedeceram às normas da legislação eleitoral e estão declaradas na prestação de contas registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). O partido destaca ainda que as contas foram aprovadas “sem ressalvas” pelo Tribunal.
Fabio Branco. O deputado estadual e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do governo gaúcho, Fabio Branco (PMDB-RS), que concorreu à reeleição para a Prefeitura de Rio Grande em 2012 e não se elegeu, informou que todas as contribuições que recebeu durante a campanha estão registradas na Justiça Eleitoral e foram aprovadas integralmente pelo Tribunal Regional Eleitoral, “caracterizando-se por absoluta legalidade”. Seu nome apareceu nas planilhas da Odebrecht divulgadas hoje. “Não recebi nenhuma contribuição que não esteja registrada, conforme exigia a legislação em vigor, tornando as minhas contas como plenamente legais”, afirmou.
Adão Villaverde. Da mesma forma, o deputado estadual Adão Villaverde (PT-RS), que concorreu à Prefeitura de Porto Alegre em 2012, informou que “todas as doações dadas à campanha foram declaradas absolutamente legais e as contas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sem nenhuma exceção ou apontamento”. “Na lista publicizada hoje pelos meios de comunicação, há uma referência a devida doação da empresa à nossa campanha, que foi repassada pelo Diretório Nacional e que está legalmente contabilizada e aprovada pelo TRE.”
Tarcísio Zimmermann. O deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT-RS) – candidato à reeleição para a Prefeitura de Novo Hamburgo em 2012 e que teve a candidatura impugnada – informou que antes de o STF proibir o financiamento privado de campanhas, praticamente 100% delas eram financiadas por empresas. “A contribuição (do grupo Odebrecht) ocorreu ao Diretório Nacional do partido, que repassou o valor ao Diretório Municipal. Portanto, trata-se de uma contribuição legal, devidamente contabilizada na prestação de contas e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RS).”
Carlos Todeschini. Carlos Todeschini (PT-RS), que concorreu à reeleição da Câmara de Vereadores de Porto Alegre em 2012, também informou que “todas as contribuições que recebeu em suas campanhas foram absolutamente dentro da lei e constam declaradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE)”. Ele disse ainda que “não lembra de ter recebido nenhuma doação especificamente do grupo Odebrecht, nem em 2012 nem em pleitos anteriores.”
Jaques Wagner. O ministro Jaques Wagner (Gabinete) diz que não comenta documento sob sigilo, mas afirma que todas as doações que recebeu foram registradas na Justiça Eleitoral.
Aldo Rebelo. Segundo Aldo Rebelo (Defesa), a planilha registra doações legais, feitas ao partido (PC do B), e não a ele.
Aloizio Mercadante. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, diz que as doações registradas na planilha são “relacionadas aos partidos da coligação do candidato Aloizio Mercadante, ao governo do Estado de São Paulo em 2010, são oficiais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral e estão disponíveis para consulta pública no portal do Tribunal Superior Eleitoral há seis anos.”
Fernando Bezerra. O senador Fernando Bezerra (PSB-PE) também informou há pouco que foram legais as doações que recebeu da empreiteira. “A doação foi feita via Diretório Nacional do PSB, cujas prestações de contas das campanhas municipais de 2012 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”, diz a nota enviada pelo senador.
Eduardo Paes. O prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) diz, em nota: “O prefeito Eduardo Paes afirma que todas as doações às suas campanhas eleitorais – sejam aquelas feitas diretamente a ele ou via diretórios municipal, estadual e nacional do partido – ocorreram de forma oficial e legal e foram declaradas à Justiça Eleitoral”.
Sérgio Cabral. O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), em nota: “Todas as contribuições das campanhas eleitorais do ex-governador Sérgio Cabral foram de acordo com o que estabelece a lei”.
Luiz Fernando Pezão. “O governador Luiz Fernando Pezão afirma que as contribuições feitas às suas campanhas eleitorais ocorreram de acordo com a lei. Além disso, todas as contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral”, diz comunicado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Jorge Picciani. O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Jorge Picciani (PMDB), em nota: “Nas eleições municipais de 2012, ele não concorreu a nenhum cargo público. Na eleição de 2014, quando foi eleito deputado estadual, não constam doações da empreiteira ao candidato, nem de forma direta nem indireta, via partido. Picciani nunca foi chamado de Grego. Até porque sua ascendência vem da Itália e da Síria – e não da Grécia”.
Lindbergh Farias. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse em nota: “O senador Lindbergh Farias reitera que todas as doações de campanha foram oficiais, devidamente registradas na forma da lei, auditadas e aprovadas por unanimidade pela Justiça Eleitoral”.
Otávio Leite. Nota do deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) diz que “O deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ) expressa todo apoio à operação Lava Jato e esclarece que as doações recebidas foram feitas via Diretório Nacional do partido e se deram dentro do estrito rigor legal”.
Rodrigo Maia. Rodrigo Maia, deputado federal (DEM-RJ), por meio da assessoria de imprensa: “Todas as doações recebidas nas ultimas eleições foram declaradas ao TSE”.
Anthony Garotinho. Anthony Garotinho (PR), ex-governador, ex-deputado federal (2011-2014) e candidato derrotado a governador do Rio em 2014, em seu blog: “Meu nome aparece numa doação oficial, com CNPJ da campanha, e conta registrada no Banco Itaú, informada à Justiça Eleitoral, relativa à campanha de 2010, quando concorri a deputado federal. Não há qualquer citação a meu nome relativo ao Petrolão. Não me preocupa o fato de meu nome aparecer nessa lista, porque, diferente de outras situações, trata-se de uma constatação normal de doação que está declarada na minha prestação de contas feita ao TRE-RJ”.
Rosinha Garotinho. Rosinha Garotinho (PR), ex-governadora e prefeita de Campos (RJ), no blog do marido Garotinho: “Quanto à prefeita Rosinha Garotinho, do total de sua campanha, mais de 90% foram repasses dos diretórios estadual e nacional, com CNPJ / CPF e número do recibo eleitoral. Exatamente como determina a lei”.
Clarissa Garotinho. Clarissa Garotinho (PR-RJ), deputada federal, filha de Garotinho e Rosinha, em nota: “Não disputei diretamente as eleições de 2012, ocasião em que fui candidata a vice-prefeita na chapa do deputado federal Rodrigo Maia. A ajuda dada pelo meu partido à campanha do Rodrigo Maia foi absolutamente legal, registrada nas despesas do diretório do PR, nas receitas do comitê financeiro do candidato e informada à Justiça Eleitoral. Tudo conforme a lei”.
Rodrigo Neves. Rodrigo Neves (eleito pelo PT, ingressou no PV há dois dias), prefeito de Niterói (RJ), em nota: “Esclarece que não tem, nem teve, qualquer relacionamento pessoal ou institucional com representante da empresa mencionada e que não há nenhuma obra na cidade que tenha a presença ou a participação da Odebrecht. Todas as doações para a campanha de 2012 foram declaradas conforme determina a lei e foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”.
Cesar Maia. Cesar Maia (DEM), ex-deputado federal, ex-prefeito do Rio e vereador, por meio de sua assessoria: “Cesar sempre recebeu doações da Odebrecht e de outras empreiteiras, de forma declarada e absolutamente legal. No caso citado, a doação foi de R$ 250 mil ao DEM nacional, encaminhados a dois candidatos no Rio: Cesar, que recebeu R$ 200 mil, e Caiadinho (DEM-RJ), que recebeu R$ 50 mil”.
Cid Gomes. “A propósito da divulgação de uma lista de doações realizadas pela empresa Odebrecht, o ex-governador Cid Gomes esclarece que em 2010 a empresa realizou uma doação oficial no valor de R$ 200 mil para o diretório estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Ceará. O montante foi devidamente declarado e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seguindo todas as normas eleitorais.”
Geraldo Alckmin. Segundo a assessoria do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que “as citações feitas à campanha de 2010 do então candidato Geraldo Alckmin incluem a indicação do número de conta do comitê financeiro do partido e não mencionam nem sugerem uma única irregularidade. Todas as doações da campanha foram feitas para o comitê financeiro do partido e devidamente informados à Justiça Eleitoral.”
Jorge Samek. Em nota, o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, diz que “repudia com veemência o envolvimento de seu nome na lista de centenas de políticos que teriam recebido possíveis doações eleitorais da Odebrecht”.
Samek afirma também “achar estranho ter seu nome nesta lista da Odebrecht, já que está à frente da Itaipu Binacional desde 2003 e não foi candidato a prefeito de Foz do Iguaçu na última eleição.” O diretor-geral brasileiro de Itaipu anunciou que fará interpelação judicial do executivo da Odebrecht, que seria responsável pela lista, e que tomará outras medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. Samek afirmou, ainda, que abre mão dos seus sigilos fiscal e bancário para provar a inveracidade da menção ao seu nome.
As assessorias do senador José Serra (PSDB), dos governadores do Paraná, Beto Richa (PSDB), e de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), foram contatadas pela reportagem mas não se manifestaram. O senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RJ) , Humberto Costa (PT-PE), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziottin (PC do B-AM) e Ana Amélia (PP-RS) também negam ter recebido doações ilegais da Odebrecht.